O Sistema Quintero, responsável por abastecer mais de 80% da cidade de Santiago de Cuba, enfrenta atualmente um grave déficit na entrada de água.
A Empresa de Acueducto e Alcantilhado Aguas Santiago informou neste domingo no Facebook que o problema se deve a duas importantes fugas localizadas em uma das principais condutoras externas de 1.000 mm, que transporta a água dos reservatórios até a Estação de Tratamento.
A entidade alertou ainda que estão avaliando qual seria o melhor momento para proceder com a paralisação do sistema, com o objetivo de reparar os vazamentos e restabelecer o fluxo adequado de água.
Esta interrupção, embora necessária, agudizará a crise de abastecimento de água que enfrentam os santiaguenses, e prolongará os já extensos e atrasados ciclos de distribuição.
A Empresa reconheceu que neste momento algumas localidades da cidade de Santiago de Cuba estão há mais de um mês sem serviço de abastecimento de água.
A esse respeito, admitiu que o Bairro Marmolosa está há 41 dias sem água; o Bairro Litoral, com 43 dias sem serviço; e Novo Santiago, com 35 dias sem fornecimento.
Outros setores afetados incluem Ciudamar Alto, com 24 dias sem água, e setores como Prisión Aguadores e Población Aguadores, que estão há 19 dias sem serviço, entre outros.
Recentemente, o governo local reconheceu que a crise no abastecimento de água continua afetando gravemente a população de Santiago de Cuba, apesar dos investimentos presumidos pelas autoridades locais para melhorar o serviço.
Os principais dirigentes do território compareceram no programa televisivo "Santiago Hoje", da Tele Turquino, onde se vangloriaram de afirmar que a província é a segunda a nível nacional em investimentos no setor, segundo reportou o jornal oficialista Sierra Maestra.
No entanto, os santiaguenses enfrentam longos ciclos de distribuição, falhas no sistema e uma falta de infraestrutura adequada que tem exacerbado a situação nos últimos meses.
O governo justificou sua incapacidade com as constantes rupturas nas redes de abastecimento, as fontes de água deprimidas e a contingência energética em Santiago de Cuba, que limita o funcionamento das estações de bombeamento.
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