A União Elétrica de Cuba (UNE) emitiu um comunicado no qual detalhou as medidas tomadas diante da emergência eletroenergética em que se encontra o país.
As medidas, que entram em vigor a partir desta sexta-feira, são as seguintes:
-Estão suspensos todos os serviços que não sejam vitais e que gerem gastos de energia.
- O Ministério da Cultura (MINCULT) suspende as atividades culturais, tanto no setor estatal quanto no setor não estatal.
- Mantêm-se em serviço apenas os centros vitais, como os hospitais e os que produzem alimentos.
- As atividades de discotecas, centros de recreação e outras que gerem altas concentrações de pessoas estão suspensas.
O Ministério da Educação (MINED) suspendeu as atividades docentes de sexta a domingo em todos os níveis de ensino.
- Serão ativados todos os Conselhos Energéticos, tanto a nível nacional, provincial como municipal.
-Somente permanecerá trabalhando o pessoal indispensável nos centros de trabalho.
Em outra publicação feita pelo jornalista Lázaro Manuel Alonso nas redes sociais, o comunicador oficialista insistiu que "decidiu-se proteger o setor residencial com a eletricidade, e para isso no setor estatal apenas funcionarão os centros indispensáveis e associados à produção".
"Instrução do Primeiro-Ministro estabelece desconexão geral de centros de trabalho dispensáveis, o emprego do teletrabalho, ações sobre os altos consumidores e estabelecer planos de consumo no setor não estatal", apontou também.
Alonso também disse que "o Bureau Político aprovou um plano de ações diante da situação atual do sistema elétrico nacional, que contempla a recuperação progressiva das termoelétricas e dos emplazamentos".
O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, apareceu na noite desta quinta-feira em uma apresentação conturbada no rádio e na televisão cubana ao lado de diretores do Ministério de Energia e Mineração para informar sobre a atual crise energética no país.
Marrero Cruz deixou claro que a situação é extremamente crítica e indicou que não se espera uma solução a curto prazo.
"Há três fatores importantes que influenciam o déficit de geração elétrica: o estado da infraestrutura, a falta de combustível e o aumento da demanda", reconheceu, embora tenha sublinhado que a falta de combustível é o elemento mais destacado dos três.
A União Elétrica informou nesta sexta-feira que na noite de ontem houve apagões no país na ordem de 1.642 MW, cifra ligeiramente abaixo dos 1.678 que haviam estimado, mas ainda assim um número recorde na atual crise energética que o país enfrenta.
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