A recente decisão da administração Biden de não estender o programa de parole humanitário para imigrantes da Venezuela, Nicarágua, Cuba e Haiti gerou incerteza entre milhares de pessoas que se beneficiavam dessa proteção temporária.
Sem o parole, esses imigrantes estão em risco de perder seu status legal nos Estados Unidos e enfrentam a possibilidade de serem deportados. Diante dessa situação, especialistas em imigração recomendam buscar assessoria legal especializada para avaliar as alternativas disponíveis.
O advogado de imigração Raed González ofereceu declarações à Univisión Miami, onde explicou que os afetados devem agir rapidamente para evitar ficar fora do marco legal, porque o visto de permanência é válido por dois anos e em breve os primeiros casos estarão ultrapassando esse limite temporal.
Os venezuelanos e haitianos podem solicitar seu TPS (Estatus de Proteção Temporal), os nicaraguenses podem pedir asilo, e os cubanos que entraram legalmente com o parole humanitário podem se beneficiar da Lei de Ajuste.
Decisão surpreendente da administração Biden
A administração de Joe Biden anunciou em setembro de 2024 que não haverá uma extensão do permissão de estada com o programa de parole humanitário, que havia sido concedido a imigrantes de vários países com graves crises políticas e econômicas.
Este programa permite aos beneficiários residir temporariamente nos Estados Unidos enquanto buscavam uma via legal para se estabelecer de modo permanente. No entanto, após o surgimento do escândalo dos numerosos casos de fraude, o governo tomou várias decisões, e entre elas está não prorrogar o programa.
"O programa de parole humanitário não está cancelado, continua. Hoje posso patrocinar um venezuelano para que venha, mas apenas por dois anos", insistiu González.
A medida afeta milhares de imigrantes que chegaram ao país sob essa proteção, deixando muitos na incerteza sobre quais opções têm agora para regularizar seu status ou evitar a deportação.
O plano de Trump para eliminar o parole humanitário
O ex-presidente Donald Trump manifestou sua intenção de eliminar completamente o parole humanitário, se vencer nas próximas eleições presidenciais.
Em setembro, Trump apontou que, se voltar ao poder, acabará com todas as formas de proteção temporária para imigrantes, incluindo o parole e o TPS. Essa postura aumentou a preocupação entre aqueles que dependem desses programas para sua permanência legal nos Estados Unidos.
Diante do iminente fim do parole humanitário e da ameaça de futuras restrições migratórias, os imigrantes afetados devem buscar opções legais o quanto antes.
Opções legais disponíveis e a importância de agir rápido
Os venezuelanos e haitianos ainda têm a possibilidade de solicitar o TPS, que lhes permite permanecer e trabalhar nos Estados Unidos enquanto a situação em seus países de origem não for segura para seu retorno.
Os nicaraguenses podem recorrer ao pedido de asilo político, argumentando perseguição ou medo de retornar ao seu país.
Os cubanos, ao terem ingressado legalmente nos Estados Unidos com o parole, podem se beneficiar da Lei de Ajuste, que lhes permite obter a residência permanente ao completarem um ano e um dia em território americano.
Raed González instou os imigrantes afetados a não se deixarem levar pela desesperação, mas a procurarem advogados especializados que possam orientá-los neste processo legal.
Se você tem um parole humanitário nos Estados Unidos, é vital encontrar representação legal competente e preparada para lutar pelo seu caso no tribunal, se necessário.
Além disso, deve ter em ordem toda a documentação necessária para apresentar seu pedido e se beneficiar da Lei de Ajuste Cubano, assim que chegar o momento indicado.
Não se deixe levar por comentários nas redes, nem por recomendações de conhecidos, nem tente fazer as coisas por conta própria para economizar "três pesos". Está em jogo a sua permanência nos EUA e a possibilidade de uma deportação.
Busque a assessoria de profissionais porque os casos migratórios requerem acompanhamento e alguns exigem defesa em tribunal, com todas as ferramentas jurídicas possíveis.
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