O apoio da comunidade cubano-americana continua sendo um fator chave que impulsiona a vantagem de Donald Trump entre os eleitores hispânicos na Flórida, segundo uma pesquisa recente da firma Mason-Dixon.
O estudo, encomendado pelo canal Telemundo 51, revelou que 61% dos cubano-americanos votaria em Trump nas próximas eleições, enquanto apenas 28% apoiaria Kamala Harris, com 4% de indecisos.
A pesquisa, com uma margem de erro de +/- 4%, foi realizada através de entrevistas telefônicas com 625 hispânicos registrados para votar na Flórida.
Os resultados destacam diferenças significativas entre os diversos grupos hispânicos.
Entre os porto-riquenhos, 58% apoia Harris e 33% apoia Trump, com 7% de indecisos.
No caso dos hispânicos de outras nacionalidades, 47% votaria em Trump e 41% em Harris, com 6% de indecisos.
Desde o ponto de vista geográfico, Harris lidera na Flórida Central com 45% contra 39% de Trump, e na região de Tampa Bay com 48% sobre 43% de Trump.
No sudeste da Flórida, Trump domina com 53% contra 38% de Harris.
A pesquisa também detalha as preferências por gênero e idade.
A maioria das mulheres favorece Harris (53%) em relação a Trump (37%), enquanto entre os homens 60% prefere Trump e apenas 28% prefere Harris.
Em relação à idade, os eleitores com menos de 50 anos estão quase divididos: com 44% a favor de Harris e 43% de Trump, mas entre os maiores de 50, Trump recebe 53% de apoio contra 37% de Harris.
Temas importantes para os hispânicos
A pesquisa também investigou temas de interesse para os hispânicos na Flórida.
O embargo a Cuba continua sendo um tema polarizador, com 48% contra a sua levantada, 35% a favor e 17% indecisos.
No que diz respeito ao programa de parole humanitário, 65% o apoia, enquanto 29% se opõe e 6% está indeciso.
Asimismo, 73% apoia o aumento de sanções ao governo venezuelano, com 17% contra e 10% indecisos.
Em relação aos temas que mais influenciam a decisão de voto, a economia é a prioridade para 41% do eleitorado, onde Trump conta com o apoio de 48% e Harris com 41%.
Outros temas mencionados na pesquisa incluem a democracia, a imigração, o aborto e as mudanças climáticas, embora com menor relevância na decisão de voto.
O sondeo foi realizado entre os dias 23 e 25 de setembro de 2024 e todos os entrevistados manifestaram sua intenção de votar nas eleições gerais de novembro.
Os participantes foram selecionados aleatoriamente a partir de uma base de dados de eleitores registrados na Flórida, incluindo telefones fixos e celulares.
Outra pesquisa
Há pouco mais de um mês, outra pesquisa -realizada pela empresa Inquire a pedido do comissário republicano Kevin Cabrera- revelou, no entanto, um empate entre Kamala Harris e Donald Trump no condado de Miami-Dade.
Nesse caso, o resultado mostrou que ambos os candidatos tinham 47% de intenção de voto no condado mais populoso da Flórida, Miami-Dade, tradicional reduto do Partido Democrata.
A amostra desse sondagem foi realizada entre 500 pessoas entre os dias 22 e 25 de agosto, datas próximas à finalização da Convenção Democrata em Chicago, e teve uma margem de erro de 4,5%. O estudo informou, além disso, que havia 6% de indecisos.
A atual vice-presidente Harris era percebida no condado com uma visão mais favorável (49%) do que desfavorável (45%). Trump não estava distante nos números, com 48 contra 46%.
O estado da Flórida se consolidou como um bastião conservador, com um milhão a mais de eleitores registrados como republicanos do que como democratas.
Segundo dados revelados pelos supervisores de eleições do estado, atualmente há 5,3 milhões de eleitores ativos afiliados ao Partido Republicano, em comparação com os 4,3 milhões registrados como democratas. Além disso, cerca de 3,9 milhões de eleitores não se identificam com nenhum partido político ou estão afiliados a partidos minoritários.
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