Senador Marco Rubio descarta deportação massiva de cubanos com I-220A: "É impossível"

O político qualificou a situação migratória atual dos cubanos nos Estados Unidos como um "caos" e afirma que foi provocada pelo regime da ilha.

Marco Rubio © Flickr/Gage Skidmore
Marco RubioFoto © Flickr/Gage Skidmore

O senador cubano-americano Marco Rubio disse em Washington que será impossível deportar mais de 300.000 cubanos que se encontram nos Estados Unidos sob o status migratório do documento I-220A.

"É impossível deportar mais de 300.000 cubanos com I-220A, simplesmente porque não há um lugar onde possam ser recebidos, e se o fizer, eles vão voltar", afirmou Rubio em uma entrevista com Telemundo 51.

O senador responsabilizou o regime da ilha pela crise migratória, descrevendo a situação como um "caos". Afirma que a repressão, a pobreza, a falta de liberdade e a precariedade forçaram milhares de jovens cubanos a abandonar o país em busca de melhores oportunidades.

Rubio também ressaltou que a situação migratória nos Estados Unidos seria resolvida se não existissem os regimes autoritários em Cuba, Venezuela e Nicarágua.

"Se não houvesse um grupo criminoso no poder na Venezuela e não existisse o regime castrista que expulsou todos os jovens, o problema migratório deste país reduziria em 60%", expressou o senador da Flórida.

O documento I-220A coloca muitos cubanos em um limbo legal nos Estados Unidos. Trata-se de uma ordem de liberdade provisória emitida pelas autoridades após a detenção desses migrantes na fronteira. É um status que não permite solicitar a residência, nem se acolher à Lei de Ajuste Cubano ou ao parole humanitário.

Este tema ganhou mais relevância após as recentes declarações do ex-presidente Donald Trump, que prometeu que se ganhar as eleições presidenciais de 2024, eliminará o programa de parole humanitário estabelecido pela administração de Joe Biden em janeiro de 2023.

Rubio é republicano e muito próximo de Trump, mas destacou a inviabilidade de deportar centenas de milhares de cubanos para uma nação que não pode recebê-los.

A situação continua incerta para os cubanos com I-220A, enquanto o debate migratório se intensifica no contexto das próximas eleições presidenciais americanas.

Entre os cubanos residentes nos Estados Unidos, ter um caso de I-220A se tornou símbolo de espera e vulnerabilidade. O ex-locutor Alejandro Quintana lembrou que são imigrantes que buscam contribuir e prosperar apesar das barreiras e do estigma social que enfrentam.

Em agosto, a congressista cubano-americana María Elvira Salazar enviou uma mensagem encorajadora aos migrantes cubanos com I-220A, reiterando seu compromisso em ajudá-los a conseguir a residência através da Lei de Ajuste Cubano.

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