O velocista cubano Shainer Rengifo, atual detentor do recorde nacional dos 100 metros rasos, abandonou nesta quinta-feira a base de treinamento da equipe olímpica de atletismo da ilha, na cidade de Guadalajara, Espanha.
De acordo com a revista Playoffmagazine na rede social Facebook, Rengifo deixou recentemente o hotel Alcarria, onde está hospedada parte da delegação da maior das Antilhas antes de viajar para Paris, sede dos próximos Jogos Olímpicos.
No entanto, é importante lembrar que o nativo do município especial da Ilha da Juventude havia ficado de fora da equipe para a competição sob os cinco anéis, depois de sofrer uma lesão em 30 de junho durante uma sessão de treinamento.
Estava a cobrir uma sessão matinal de exercícios de força na academia, quando, ao descer do banco, ocorreu o acidente devido à torção do tornozelo, que ficou ferido. Ele foi atendido imediatamente e está seguindo as instruções”, explicou em comunicado o Instituto Nacional de Desportos, Educação Física e Recreação (INDER).
Finalmente, foi revelado que ele sofreu uma fissura na base do quinto metatarso do tornozelo direito.
A decisão de Rengifo deixa a ilha sem um corredor que havia despertado grandes expectativas entre os seguidores do atletismo, graças à marca de 9,90 segundos que alcançou nesta temporada.
Em Salamanca, também em território espanhol, surpreendeu a todos ao cronometrar o referido registro, em um evento onde seu companheiro de equipe Reinaldo Espinosa parou os relógios em 9.96 e também garantiu vaga no evento multidesportivo.
Há dois dias, Annia Hernández Peñalver, treinadora da equipe de softbol feminino na categoria sub-12, abandonou a delegação nacional durante uma escala em Miami e solicitou asilo às autoridades dos Estados Unidos.
Hernández aproveitou a sua estadia no Aeroporto Internacional de Miami (MIA), onde a equipe fez uma escala técnica antes de seguir viagem para Porto Rico, sede do Torneio Latino-americano de Pequenas Ligas 2024, conforme informou o portal especializado The Cuban Baseball Digest.
Após sua chegada ao MIA, a instrutora se entregou aos funcionários do Departamento de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) para solicitar asilo político nos EUA.
Após uma entrevista com os oficiais, Hernández foi liberada, conforme confirmado por fontes ligadas ao caso à Martí Noticias.
As fugas de Reginfo e Hernández aumentam a extensa lista de pessoas ligadas ao desporto cubano que abandonaram o país ou equipas nacionais em competições estrangeiras, em busca de melhores oportunidades para as suas carreiras desportivas e as suas vidas, devido à crise generalizada que Cuba está a enfrentar.
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