Cuba com uma delegação reduzida nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A delegação que assistir aos Jogos de Paris 2024 deve ser uma das mais reduzidas na história do esporte cubano.

Yarisleidy Cirilo, canotaje © JIT
Yarisleidy Cirilo, canoagemFoto © JIT

Se com 69 atletas, a delegação que participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foi a mais reduzida desde 1964, a próxima edição sob os cinco anéis em Paris vai tirar esse lugar, já que Cuba só tem 46 representantes classificados, embora as possibilidades de mais ainda não estejam encerradas.

Segundo José Antonio Miranda Carrera, diretor-geral do Alto Rendimento do Instituto de Desportos, Educação Física e Recreação (INDER), numa Mesa Redonda dedicada ao tema, até à data a comitiva cubana é composta por 46 atletas em 14 desportos.

O próprio diretor reconheceu que é "um número inferior ao levado para Tóquio, sendo a quarta delegação mais pequena após o triunfo da Revolução em uns Jogos Olímpicos".

No entanto, ele alertou que até o dia 30 deste mês ainda estão abertas as possibilidades de classificação e comentou que "há 15 atletas com possibilidades de estar em Paris".

As maiores possibilidades de vagas estão no atletismo; uma na saltos ornamentais; na natação (2) e a confirmação do judô com quatro atletas (dois masculinos e dois femininos).

Sobre a recente derrota do voleibol masculino, ele expressou que era "uma das metas que tínhamos estabelecido", no entanto, a equipe teve uma boa atuação, mas não foi suficiente para garantir a vaga na capital francesa.

“Todos sabíamos que era um processo de classificação muito difícil e, ao consegui-lo, a delegação ultrapassaria os 70 atletas. Por não conseguir, a delegação deve ficar entre os 60 e 61 desportistas”, acrescentou.

Por sua vez, ele destacou que cada um dos esportes cumpre, fora do país, com diferentes etapas de preparação.

"Temos visto bons resultados no atletismo, tênis de mesa, tiro, ciclismo e boxe", afirmou.

Enquanto acrescentava que os atletas mostram estados emocionais positivos e estão focados em seus resultados.

O diretor de Alto Rendimento do INDER, José Luis Miranda, advertiu os adeptos que "na primeira semana não devemos esperar grandes resultados, mas a partir de 2 de agosto começarão a chegar as principais opções. No caso de Mijaín López, por exemplo, a final está prevista para 6 de agosto".

A recente onda de deserções por parte de atletas cubanos tem impacto nos prognósticos encorajadores para as atuações dos atletas locais.

Apenas em 2023, o número máximo de atletas que abandonaram Cuba foi de 103. Na lista, estão incluídos nomes proeminentes na elite esportiva cubana, como a medalhista olímpica Denia Caballero, que abandonou a delegação esportiva da ilha que competia no Meeting Diputación de Castellón, na Espanha, assim como outros menos reconhecidos, mas que faziam parte da base que se formava em disciplinas como beisebol, hóquei ou handebol, para citar apenas alguns.

Uma menção especial merecem os XIX Jogos Pan-Americanos realizados em Santiago do Chile em outubro do ano passado. Na ocasião, um total de 13 atletas abandonaram a delegação cubana motivados, principalmente, pela falta de recursos para praticar seus esportes na ilha e pela falta de liberdade pessoal, segundo informaram várias integrantes da equipe feminina de hóquei sobre grama.

Em Santiago, desportos como basquetebol, hóquei em campo, remo e atletismo, este último com destaque para a conquista da medalha de bronze nos 400 metros com barreiras por Yoao Illas, contribuíram para os resultados que não foram afetados pela desistência do nadador cego Yunerki Ortega Ponce nos Jogos Parapan-Americanos.

O que você acha?

Comentar

Arquivado em:


Tem algo a reportar? Escreva para o CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689.