A Direção de Imigração e Estrangeiros, do Ministério do Interior (Minint) em Cuba, advertiu que os cubanos não perdem a cidadania e que o governo não está tomando nenhuma medida legal em relação a este tema.
Após ser divulgado esta semana o projeto de Lei de Imigração apresentado pelo governo, a possibilidade de renunciar à cidadania cubana tornou-se um debate acalorado nas redes sociais.
O Tenente-Coronel Roilán Hernández, Chefe do Departamento de Assessoria Jurídica do Minint, afirmou nesta quinta-feira na Televisão Nacional que a renúncia à cidadania cubana não é uma prioridade e não se pretende fazer modificações na lei a esse respeito.
"Está relacionado com o artigo 36 da Constituição da República, que descreve o princípio da cidadania efetiva. O princípio estabelece que os cubanos não perdem a cidadania cubana por ter outra. Não serão tomadas quaisquer medidas no país em relação a isso", disse o Tenente-Coronel.
Ele explicou que este artigo da Constituição de 2019 obriga os cubanos a agir como nacionais enquanto estiverem em Cuba. Em outras palavras, quando uma pessoa nascida na ilha visita sua terra natal, não pode exercer outra cidadania.
A partir desta norma, deve-se entender que um cubano, ao chegar a Cuba, deve se identificar com seu passaporte nacional, seu passaporte cubano, não com o de outra cidadania", disse o funcionário.
O projeto de Lei de Migração menciona a possibilidade de renúncia à cidadania cubana, mas esse direito não estaria disponível até que exista uma Lei de Cidadania que regule o processo.
Desde 1976, the right to renounce citizenship was included in the Constitution, but a legal norm that allows Cubans to exercise that right has never been implemented.
Embora o projeto da nova Lei de Migração mencione essa possibilidade, não existe um quadro legal completo para implementá-la.
Este projeto de Lei de Migração e o Projeto de Lei de Estrangeiros já estão em processo de revisão pela população. Esperava-se que o Projeto de Lei de Cidadania já estivesse disponível, mas o governo assegura que ainda está trabalhando em algumas ajustes.
Os projetos de lei apresentados pelo Parlamento chegam em meio à maior crise migratória que Cuba já enfrentou e acrescentam mais complexidade e dispersão à legislação cubana.
O que você acha?
ComentarArquivado em: