Plataformas feministas confirmaram no final da tarde desta quinta-feira três feminicídios ocorridos em Cuba em um período de apenas duas semanas, bem como o primeiro assassinato de homem por razões de gênero registrado neste ano na ilha.
As mulheres assassinadas, que morreram às mãos de seus parceiros em todos os casos, eram mães de nove filhos no total.
Dois desses crimes machistas ocorreram no mesmo dia, embora em províncias diferentes.
O mais recente a vir à luz foi o feminicídio de Ariadna Gámez Quintana, de 32 anos, ocorrido em 28 de maio em sua casa na cidade de Holguín, onde foi assassinada pelas mãos de seu parceiro e pai de seus dois filhos mais novos.
À mulher sobrevivem quatro filhos, todos menores de idade, que testemunharam o horrendo crime, conforme detalhado pela plataforma YoSíTeCreo em Cuba.
O agressor de Ariadna Gámez, que tinha antecedentes de violência machista, está foragido da justiça.
"Os nossos pêsames à sua família e a nossa recomendação de activarem um protocolo de segurança para as pessoas que sobreviveram à Ariadna", recomendou a referida plataforma.
O outro crime de machismo verificado é o de Ailén Tartabull Valladares, de 49 anos, também ocorrido em 28 de maio, pelas mãos de seu parceiro e em sua casa, na cidade de Cienfuegos.
A Tartabull Valladares, two sons survive him, one of legal age from a previous relationship, and another underage, whose father is the aggressor, who had a history of domestic violence.
Em relação a esse caso, também foi assassinado Víctor Manuel Ojeda Alpízar.
O terceiro assassinato verificado por plataformas feministas cubanas é o de Isaira Despaigne, que também foi assassinada pelo companheiro em sua casa, neste caso em 14 ou 15 de maio, na cidade de Santiago de Cuba.
A Isaira Despaigne também é sobrevivida por três filhos, conforme informou a fonte citada.
Estes eventos foram publicados por meios de comunicação, cidadãos e ativistas, e verificados com fontes comunitárias pelo esforço conjunto do Observatório de Alas Tensas (OGAT) e YosíTeCreo em Cuba (YSTCC).
Até 30 de maio, o subregistro feito pelos observatórios cubanos independentes de violência de gênero é de 22 feminicídios, três tentativas de feminicídio e seis casos que necessitam de acesso à investigação policial.
Os casos que precisam de acesso à pesquisa são: Mulher idosa (Esperanza, Villa Clara); Irma (Havana); Teresa Moliner Bosa (Havana); Tania Reyes (Santiago de Cuba); Samantha (Sami) Heredia Odrens (Santiago de Cuba); Laura Castillo Zulueta (Havana).
Neste momento, também estão sendo investigados um suposto feminicídio em Havana e outro em Artemisa.
Em 2023, foi relatado o maior número de feminicídios em um ano, totalizando 89, de acordo com o sub-registro de casos mantido desde 2019 pelo Observatório de Gênero Altas Tensões (OGAT) e pela plataforma YoSíTeCreo em Cuba (YSTCC).
O regime cubano não contempla a figura do feminicídio no Código Penal em vigor, que foi aprovado em maio de 2022.
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