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Uma mãe morre esfaqueada por sua ex-parceira em Santiago de Cuba.

A vítima tinha acabado de completar 38 anos.


María Emilia Sabigne, a mulher que foi esfaqueada por seu ex-parceiro na cidade de Santiago de Cuba nesta quinta-feira, em plena via pública e na presença de um de seus filhos, faleceu nesta sexta-feira, conforme atualizado nas redes sociais pelo jornalista Yosmany Mayeta.

Sabigne, era mãe de três crianças, uma delas filha em comum com Yoel Menéndez Rivera, o homem que a agrediu no pescoço com uma arma branca enquanto a mulher esperava um transporte na companhia de seu parceiro atual e do menor.

A vítima, que havia completado 38 anos recentemente em maio, havia apresentado uma denúncia à Polícia anteriormente, "mas as autoridades não fizeram nada a respeito", diz Mayeta Labrada.

Após a agressão, María Emilia Sabigne foi internada no Hospital Militar Joaquín Castillo Duany, onde seus familiares estão agora "em total desespero, após receberem a notícia do falecimento da jovem", disse a fonte.

Em termos pessoais, este acontecimento me comove porque Maria Emília era minha amiga e estudei com suas primas. Lembro dela com carinho, pois era uma mulher encantadora. Sempre nos cumprimentávamos e colocávamos em dia toda vez que nos encontrávamos", acrescentou o comunicador.

Yosmany Mayeta pede justiça e quer que todo o peso da lei recaia sobre o assassino, que não pensou em seu próprio filho ao atentar contra a vida da mãe da criança.

María Emilia Sabigne - who resided in the Vista Hermosa neighborhood - was stabbed shortly before 7 in the morning on May 23 while she was waiting at "La Rotonda" on Morro Road for a bus to her workplace.

Segundo o relato prévio de testemunhas, o homem tentou degolar Maria Emília e conseguiu feri-la no pescoço, embora a rápida intervenção de outras pessoas tenha evitado que ele alcançasse seu objetivo.

Um vídeo divulgado por Yosmany Mayeta mostrou os segundos seguintes à tentativa de feminicídio. Nas imagens - gravadas de longe - é possível ver a mulher no chão sendo auxiliada por várias pessoas.

Uma fonte próxima à família revelou que no início desta semana, María Emilia - que era trabalhadora da Empresa Reparadora localizada na estrada de Mar Verde - já havia feito uma denúncia à polícia, aparentemente por ameaças anteriores que havia recebido de seu ex-parceiro.

Até o momento, nem plataformas feministas nem meios de comunicação oficiais informaram sobre o que aconteceu.

Até 6 de maio passado, o número de feminicídios verificados por plataformas feministas em Cuba até agora em 2024 era de 18 vítimas fatais, três tentativas de feminicídio e cinco casos que necessitavam de acesso à investigação policial.

O assassinato de María Emilia Sabigne elevaria para 19 o número parcial de vítimas mortais de violência de gênero na ilha este ano.

Em 2023, foi relatado o maior número de feminicídios em um ano, totalizando 89, de acordo com o sub-registro de casos mantido desde 2019 pelo Observatório de Gênero Altas Tensas (OGAT) e pela plataforma YoSíTeCreo en Cuba (YSTCC).

O regime cubano não contempla a figura do feminicídio no Código Penal atual, aprovado em maio de 2022.

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