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Sincroniza o parque fotovoltaico SEN em Villa Clara doado pela China

O Sindicato Elétrico vangloria-se de que o investimento permite poupar cinco toneladas de combustível, mas os cubanos, afogados em apagões de até 20 horas, não partilham do seu entusiasmo.

Parque fotovoltaico en Villa Clara donado por China © Unión Eléctrica UNE / Facebook
Parque fotovoltaico em Villa Clara doado pela China Foto © Unión Eléctrica UNE / Facebook

A União Elétrica (UNE) de Cuba anunciou a sincronização do parque fotovoltaico "La Criolla" de 4,4 MW, localizado em Villa Clara, ao sistema nacional.

“Novo investimento, doação chinesa que permite poupar em média cinco toneladas de combustível”, vangloriou-se a entidade no seu mural de Facebook.

Captura da União Elétrica UNE

Apesar do entusiasmo da empresa, a publicação foi recheada com mais de 200 comentários de cubanos fartos da crise energética, que sofreram apagões de até 20 horas.

“Muito parque fotovoltaico e doado, como gosta o governo cubano, mas continuamos a sofrer longas horas de apagão, sem conseguir dormir e com o stress da pouca comida que temos a estragar”, disse uma mulher.

“Isso é ótimo, precisamos de mais 240 para não termos apagões, e eles nos dão”, disse ironicamente um emigrado.

“Uma luz (de um cocuyo) no fim do túnel. Dessas, precisamos de muitas, para poder dormir bem e restaurar o nosso corpo e sistema nervoso, que só se repara à noite, para podermos frequentar os nossos trabalhos no dia seguinte, escolas...", destacou uma pessoa do Sancti Spiritus.

"Total, por quê! Se isso piora a cada dia. Os apagões em Cienfuegos não têm nada a ver com planejamento. Chega de explicações e publicações que não resolvem nada", questionou um médico.

"E onde está a energia? Porque os apagões em Caibarién só aumentam em número e intensidade, circuito 3, estamos há três noites sem energia de madrugada. DPEPDPE, até quando cubanos", perguntou uma mulher.

As Reclamações de cubanos enchem as redes sociais hoje em dia, onde são relatados os frequentes e prolongados apagões diários e o Sindicato dos Eletricistas é denunciado pelos abusos contra a população.

Especialmente fortes são os protestos em algumas localidades do país que sofrem cortes de energia até 16 ou mais horas, onde a falta de energia eléctrica faz com que os escassos alimentos se estraguem, num ambiente marcado pelo calor intenso, pelos mosquitos e pela impossibilidade de dormir bem. .

O pior é que a situação não vai melhorar.

Na semana passada, a UNE indicou que Apagões vão aumentar durante o mês de junho devido ao aumento de obras de manutenção em diversas termelétricas.

“Conforme informado nestes meses de janeiro a junho, as atividades de manutenção nas usinas térmicas, de energia e de geração distribuída aumentam com o objetivo de atingir os meses de maior consumo e demanda de energia elétrica, que são julho e agosto, meses além disso, os demais da população", explicou a entidade.

O Sindicato afirmou que irá cumprir “o plano de manutenção até aos últimos dias de junho” para minimizar os efeitos no verão.

No entanto, em julho e agosto também haverá apagões “caso haja algum corte imprevisto de unidades geradoras”.

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