O advogado Willy Allen, um dos especialistas em legislação migratória mais renomados da Flórida, explicou que grupo é afetado pela recente cancelamento do programa de parole de reunificação familiar para Cuba.
“Afecta a cubanos que estão aguardando seu visto em Cuba, a pedidos emitidos por residentes a cônjuges, filhos menores de idade, filhos maiores de idade solteiros, filhos maiores de idade casados e irmãos”, detalhou Allen em conversa com Cibercuba.
Por sua parte, não afeta as "solicitações de cidadãos americanos a cônjuges, namorados, filhos menores de idade ou cidadãos americanos por seus pais", disse o advogado, que precisou que "estes últimos casos não estiveram envolvidos no programa de reunificação familiar porque se tratava de vistos imediatos".
“Os cubanos em território estadunidense que chegaram sob este programa também não estão afetados, uma vez que estão protegidos pela Lei de Ajuste Cubano”, assegurou Allen.
Se ficam aqueles que permanecem em Cuba sem “esperança de ultrapassar o número que tinham”, concluiu.
Na última sexta-feira, a administração de Donald Trump anunciou a eliminação do programa de parole de reunificação familiar para Cuba, juntamente com os de Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti e Honduras.
No caso cubano, o Programa de Permissão de Reunião Familiar Cubana (CFRP), criado em 2007 sob a administração de George W. Bush (2001-2009), permitiu que cidadãos americanos e residentes permanentes legais solicitassem um visto de permanência temporária (parole) para seus familiares em Cuba e os trouxessem de forma ágil para os Estados Unidos.
Isso permitia que familiares com pedidos aprovados entrassem nos Estados Unidos antes que seu visto estivesse disponível e, no caso dos cubanos, se beneficiavam depois da Lei de Ajuste Cubano.
A esse respeito, o advogado de imigração Mayron Gallardo ressaltou que a medida não afeta os pedidos familiares I-130, que continuam seu curso normal.
O que desaparece é a via acelerada que permitia a milhares de pessoas pular anos de espera e entrar com um parole enquanto seu processo avançava, detalhou durante um diálogo com o jornalista Mario J. Pentón.
Agora essa opção foi suprimida, obrigando aqueles que desejam emigrar a seguir os prazos habituais do sistema consular.
Arquivado em:
