Presidente do Comitê Nobel menciona Cuba, Rússia e Irã como pilares do regime de Maduro



O Comitê Nobel criticou Cuba, Rússia e Irã por apoiarem o regime de Maduro, atribuindo-lhes violações de direitos humanos e a crise na Venezuela. O Prêmio Nobel da Paz 2025 foi concedido a María Corina Machado.

Jørgen Watne Frydnes durante seu discursoFoto © Captura de vídeo Facebook / NTN24

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O presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, afirmou nesta terça-feira em Oslo que por trás do regime de Nicolás Maduro estão Cuba, Rússia, Irã, China e Hezbollah, a quem responsabilizou por sustentar uma das ditaduras mais brutais da América Latina.

O discurso foi pronunciado durante a entrega do Prêmio Nobel da Paz 2025 à líder opositora venezuelana María Corina Machado, que não pôde comparecer à cerimônia e delegou à sua filha, Ana Corina Sosa, a leitura de seu discurso em representação dela.

Frydnes denunciou que o regime chavista “aprendeu com outros autoritarismos” e que seus aliados internacionais fornecem a Caracas “armas, sistemas de vigilância e caminhos de sobrevivência econômica”, fortalecendo assim uma estrutura repressiva que mergulhou a Venezuela “em uma profunda crise humanitária e moral”.

O dirigente norueguês descreveu com dureza as violações dos direitos humanos cometidas pelo regime, incluindo torturas a menores, desaparecimentos forçados e a perseguição sistemática da dissidência.

Afirmou que os crimes documentados pelas Nações Unidas “constituem delitos de lesa humanidade” e exigiu que Maduro aceitasse os resultados eleitorais e renunciasse ao poder.

O Comitê Nobel também elogiou a resistência pacífica do povo venezuelano e sublinhou que a democracia é “o instrumento mais eficaz para garantir a paz”.

“A violência não provém dos ativistas democráticos, mas sim de quem se agarra ao poder”, disse Frydnes, em clara alusão ao usurpador do governo venezuelano.

O mensagem do presidente do Comitê representa uma condenação direta ao eixo de apoio internacional que sustenta Caracas, com menção direta a Havana, cuja assessoria em inteligência e repressão tem sido apontada por diversas organizações como um fator chave na sobrevivência do regime chavista.

A entrega do Nobel a María Corina Machado simboliza o reconhecimento mundial à luta democrática na Venezuela e, ao mesmo tempo, um aviso aos aliados de Maduro — entre eles Cuba — sobre a crescente pressão internacional contra as ditaduras que ameaçam os direitos humanos e a liberdade na América Latina.

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