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Um grupo de coelhos no Colorado com crescimentos grotescos semelhantes a chifres, e popularmente chamados de "coelhos Frankenstein" ou "coelhos zumbis", tem causado alarme nos Estados Unidos, mas a verdade é que as criaturas não são tiradas de filmes de ficção, mas simplesmente têm um vírus relativamente comum.
Vecinos de Fort Collins, no Colorado, relataram a presença de coelhos da cauda de algodão silvestres com estranhas protuberâncias negras. Revistas especializadas em ciência e autoridades do Departamento de Recursos Naturais (DNR) explicaram que os animais estão infectados com o vírus do papiloma de Shope.
As imagens compartilhadas por moradores viralizaram rapidamente, com interpretações que variavam desde montagens criadas com inteligência artificial até teorias sobre uma doença perigosa.
No entanto, as autoridades locais esclareceram que se trata do vírus do papiloma de Shope, uma condição exclusiva dos coelhos de cauda branca (Sylvilagus), descoberta em 1930 por um professor da Universidade Rockefeller.
Iowa DNR explicou que a doença se transmite principalmente no verão, a través de insetos que picam os animais.
Embora as protuberâncias possam alcançar formas chamativas, não representam risco para outros mamíferos nem para os humanos. Apenas em casos em que interfiram na alimentação ou na visão do coelho podem se tornar prejudiciais.
O vírus afeta as três subespécies de coelhos de cauda de algodão que habitam no Colorado —os da montanha, do deserto e do Leste.
Na maioria dos casos, as lesões desaparecem após o verão, embora possam reaparecer no ano seguinte.
Kara Van Hoose, porta-voz do Colorado Parks and Wildlife, declarou nesta quarta-feira à The Associated Press que a agência tem recebido ligações sobre os coelhos avistados em Fort Collins.
En sua comunicação, indicou que não é raro ver coelhos infectados, especialmente no verão, quando as pulgas e carrapatos que propagam o vírus estão mais ativos.
O vírus pode ser transmitido de um coelho para outro, mas não para outras espécies, incluindo os seres humanos e os animais de estimação, explicou.
Os crescimentos assemelham-se a verrugas, mas podem parecer chifres se crescerem mais, disse Van Hoose.
Os especialistas recomendam evitar o contato com coelhos selvagens e, no caso de animais domésticos que apresentem sintomas semelhantes, procurar um veterinário, uma vez que neles a doença pode se manifestar de forma mais severa.
Perguntas frequentes sobre o vírus do papiloma de Shope em coelhos nos EUA.
O que é o vírus do papiloma de Shope e como afeta os coelhos?
O vírus do papiloma de Shope é uma condição exclusiva dos coelhos de cauda branca, descoberta em 1930, que causa crescimentos semelhantes a chifres na cabeça dos animais. Embora as protuberâncias possam ser chamativas, não representam um risco para outros mamíferos nem para os humanos, a menos que interfiram na alimentação ou na visão do coelho.
Como se transmite o vírus do papiloma de Shope entre os coelhos?
O vírus é transmitido principalmente por insetos, como pulgas e carrapatos, que mordem os coelhos, especialmente durante o verão. O vírus pode passar de um coelho para outro, mas não para outras espécies, incluindo humanos e animais de estimação.
É perigoso o vírus do papiloma de Shope para humanos ou animais de estimação?
O vírus do papiloma de Shope não representa um perigo para os humanos ou para os animais de estimação. Ele afeta apenas os coelhos de cauda branca, e as autoridades recomendam evitar o contato com coelhos selvagens infectados.
Que medidas devem ser tomadas se encontrar um coelho com o vírus do papiloma de Shope?
Recomenda-se evitar o contato com coelhos selvagens infectados. Se você tiver animais de estimação que apresentem sintomas semelhantes, é importante consultar um veterinário, pois a doença pode se manifestar de forma mais severa em animais domésticos.
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