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O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chegou nesta segunda-feira à Arábia Saudita para participar de conversas com funcionários russos com o objetivo de encontrar uma saída diplomática para a invasão da Rússia na Ucrânia, um conflito que começou em 2014 e que já deixou oficialmente mais de 200 mil mortos, embora outras fontes cheguem a duplicar esse número.
As negociações ocorrem após uma conversa telefônica recente entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, na qual o mandatário dos EUA instruiu seus altos funcionários a iniciar diálogos de paz. Embora já tenham se passado mais de "24 horas" prometidas para pôr fim ao conflito, esta iniciativa é uma das promessas-chave de Trump durante sua campanha presidencial.
Além de Rubio, espera-se que nas reuniões participem o conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, e o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Os nomes dos funcionários russos que irão comparecer ainda não foram confirmados, embora o jornal Kommersant tenha informado que os encontros estão programados para esta terça-feira em Riad.
Rubio declarou no domingo que as próximas semanas serão determinantes para avaliar se Putin realmente está interessado em alcançar a paz. Segundo Reuters, a Arábia Saudita desempenhou um papel crucial na aproximação entre Washington e Moscovo, facilitando uma troca de prisioneiros na semana passada.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, está na região, após chegar aos Emirados Árabes Unidos. Embora tenha manifestado a intenção de visitar a Arábia Saudita e a Turquia, nenhuma data concreta foi anunciada.
Zelensky esclareceu que não planeja se reunir com representantes russos ou americanos, e a Ucrânia não participará das conversas organizadas em Riade.
Conversas sobre Gaza
Além do conflito na Ucrânia, Rubio se reunirá com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman (MbS), para discutir a situação na Faixa de Gaza.
Washington colocou em pauta a possibilidade de reassentar os palestinos em outros países árabes, com os EUA liderando um plano de reconstrução. No entanto, essa proposta tem sido rejeitada pela Arábia Saudita e outras nações árabes, que defendem uma contraproposta baseada em um fundo de reconstrução financiado pelos países do Golfo e na exclusão do Hamas em qualquer solução futura.
Rubio também visitou Israel e se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, reafirmando o apoio dos EUA a Israel em seu confronto com o Irã.
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