Uma cubana residente na ilha gerou um intenso debate nas redes sociais após compartilhar um vídeo no TikTok onde mostra quanto gastou ao sair para comer em Cienfuegos no Dia dos Namorados. Sua publicação reflete a difícil situação econômica no país e provocou reações de espanto, críticas e comparações com outros lugares do mundo.
A criadora de conteúdo, conhecida no TikTok como @yuyudecuba, relatou sua experiência ao visitar um restaurante que costumava frequentar, mas onde notou uma diminuição na qualidade do serviço e na variedade do menu. Apesar disso, decidiu jantar lá com seu marido e sua mãe. Pediram arroz congrí, salada de pepino e repolho, bife de porco, mandioca com mojo e espaguete. Embora o bife tenha parecido saboroso, os espaguetes não foram do seu agrado, embora sua mãe tenha gostado. O total da refeição foi de 4.350 pesos cubanos (CUP).
Após a comida, decidiram ir a uma sorveteria que, segundo a tiktoker, tem preços mais acessíveis e um cardápio variado. Lá, pediram um pudim com duas bolas de sorvete e uma Malta como bebida. O lanche custou 1.890 CUP, totalizando um gasto de 6.240 CUP durante toda a saída.
O vídeo gerou fortes reações entre os usuários do TikTok, que questionaram o alto custo da saída e a qualidade da comida. Alguns comentários criticaram os preços elevados, apontando que com essa quantia de dinheiro em outros países é possível fazer uma compra de supermercado para vários dias ou até meses. Outros opinaram que a comida parecia simples, com pratos semelhantes ao que se pode preparar em casa sem grandes gastos. Vários usuários destacaram a falta de carne no cardápio e comentaram que tudo parecia estar baseado em mortadela e produtos substitutos. Também houve quem se perguntasse como funcionam as sorveterias em meio aos apagões constantes na ilha, ao que a própria tiktoker respondeu que resolvem isso com geradores elétricos.
O vídeo da tiktoker se junta a outras denúncias recentes sobre o alto custo de vida na ilha. Dias atrás, uma cubana em Matanzas mostrou no TikTok o pouco que conseguiu comprar com 16.000 CUP, enquanto o próprio vice-presidente Salvador Valdés Mesa admitiu que com um salário de 6.000 CUP “não se consegue viver” em Cuba devido à inflação e à crise econômica.
A difícil situação econômica no país, agravada pela escassez de produtos e pelos apagões constantes, gerou uma crescente onda de descontentamento nas redes sociais, onde cada vez mais cubanos compartilham suas experiências e denunciam os problemas que enfrentam no dia a dia.
Perguntas frequentes sobre o custo de vida e a situação econômica em Cuba
Quanto custa sair para comer em Cuba?
Sair para comer em Cuba pode ser muito caro para os cidadãos locais, como se evidencia no caso de uma cubana que gastou 6.240 pesos cubanos durante uma saída em Cienfuegos. Essa despesa inclui tanto o jantar em um restaurante quanto um lanche em uma sorveteria, refletindo o alto custo de vida na ilha.
Como a crise econômica afeta os cubanos no seu dia a dia?
A crise econômica em Cuba afeta profundamente o dia a dia dos cubanos, que enfrentam altos custos de alimentos e serviços básicos, escassez de produtos essenciais e constantes apagões. Esses desafios levaram muitos a compartilhar suas experiências e dificuldades nas redes sociais, gerando um crescente descontentamento e debate sobre a situação no país.
Qual é o impacto dos apagões na vida cotidiana em Cuba?
Os apagões em Cuba afetam gravemente a qualidade de vida, prejudicando a capacidade de cozinhar, conservar alimentos e realizar tarefas básicas. As famílias têm que recorrer a métodos alternativos, como fogões a carvão, o que aumenta as dificuldades diárias e gera um sentimento de frustração e exaustão entre os habitantes.
Como se comparam os custos de vida em Cuba com outros países?
O custo de vida em Cuba é alto em comparação com os rendimentos locais, o que transforma muitos produtos e serviços em um luxo inatingível para a maioria dos cidadãos. Em contraste, em países como os Estados Unidos, embora os preços possam ser elevados, os rendimentos permitem uma melhor qualidade de vida e acesso a bens e serviços básicos.
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