Alto funcionário do governo cubano compara Trump a Hitler

Vice-ministro cubano critica a guinada radical da política dos EUA, comparando a estratégia de Trump com o regime fascista de Hitler por seu enfoque na força.

Carlos F. de Cossío / Donald TrumpFoto © Carlos F. de Cossío em X / Captura de imagem YouTube As

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El viceministro de Relações Exteriores de Cuba, Carlos F. de Cossío, afirmou que a política americana está passando por uma mudança radical e acusou o presidente Donald Trump de ter semelhanças com o governo fascista de Adolfo Hitler.

"A nova doutrina da política externa americana é: 'a promoção da paz através da força'. Hitler também queria a paz, um Estado alemão produtivo, prolífico, livre de 'indesejáveis', unificado e maior. Para isso, a guerra era simplesmente um meio", expressou Cossío na rede social X.

Trump chegou à Casa Branca em 20 de janeiro para iniciar seu segundo mandato. No primeiro dia como presidente, aprovou várias ordens executivas que afetam direta e indiretamente o regime cubano.

A medida mais importante foi revogar a saída de Cuba da Lista de Países Patrocinadores do Terrorismo. O governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez reagiu imediatamente, questionou a decisão de Trump e o acusou de fomentar uma “cruel guerra econômica” contra os cubanos.

"O Presidente Trump, em um ato de arrogância e desprezo pela verdade, acaba de restabelecer a fraudulenta designação de Cuba como estado patrocinador do terrorismo. Não surpreende. Seu objetivo é continuar fortalecendo a cruel guerra econômica contra Cuba com fins de dominação", disse Díaz-Canel.

Além disso, culpou os Estados Unidos pela crise econômica e migratória que afeta o país caribenho desde 2020.

"O resultado das medidas extremas de cerco econômico impostas por Trump provocou carências em nosso povo e um aumento significativo do fluxo migratório para os EUA. Este ato de zombaria e abuso confirma o descrédito das listas e dos mecanismos unilaterais de coerção do governo estadunidense", assegurou Díaz-Canel.

A Casa Branca indicou que a revogação responde a interesses estratégicos da Administração Trump e considera que o governo cubano representa um perigo ao apoiar atividades terroristas internacionais. Estar na lista mencionada implica sanções econômicas, restrições financeiras e comerciais para Cuba.

Perguntas frequentes sobre as relações Cuba-EUA e o impacto de Trump

Por que o vice-ministro cubano comparou Trump a Hitler?

O vice-ministro Carlos F. de Cossío comparou Trump a Hitler por adotar uma política externa baseada na "promoção da paz por meio da força". Cossío argumentou que, assim como Hitler, Trump utiliza a guerra como um meio para alcançar seus objetivos, neste caso, revertendo medidas que afetam diretamente Cuba, como sua reintegração à lista de países patrocinadores do terrorismo.

O que implica para Cuba estar na lista de países patrocinadores do terrorismo?

Estar na lista de países patrocinadores do terrorismo implica sanções econômicas, restrições financeiras e comerciais para Cuba. Isso afeta a economia da ilha ao limitar suas transações internacionais e seu acesso a mercados financeiros, complicando ainda mais a situação econômica interna.

Como o governo cubano respondeu às medidas de Trump?

O governo cubano condenou as medidas de Trump, qualificando sua reincorporação à lista de países patrocinadores do terrorismo como um ato de "arrogância e desdém pela verdade". Miguel Díaz-Canel acusou Trump de fomentar uma "cruel guerra econômica" contra Cuba e responsabilizou os EUA pela crise econômica e migratória na ilha.

Quais seriam as consequências para Cuba de um segundo mandato de Trump?

Um segundo mandato de Trump poderia intensificar as sanções econômicas e diplomáticas contra Cuba, incluindo maiores restrições ao comércio e às remessas. Isso poderia agravar a crise econômica na ilha, que já enfrenta dificuldades devido às políticas estadunidenses e à sua própria ineficiência interna.

Que postura Díaz-Canel adotou em relação às políticas de Trump?

Díaz-Canel tem mantido uma postura crítica em relação às políticas de Trump, especialmente o embargo econômico, ao qual culpa por muitos problemas internos em Cuba. Ele reafirmou que Cuba não cederá às pressões externas e continuará defendendo sua soberania e independência.

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