Edmundo González: “Nicolás Maduro consuma um golpe de Estado na Venezuela”

Edmundo González, líder opositor venezuelano, denuncia nas redes sociais que Nicolás Maduro consolidou um golpe de Estado e afirma que defenderá o mandato de quase 8 milhões de venezuelanos.


O líder opositor venezuelano Edmundo González se pronunciou nesta sexta-feira nas redes sociais, onde denunciou que o regime de Nicolás Maduro consolidou um golpe de Estado no país.

González, que representa a oposição e tem sido reconhecido por milhões de venezuelanos como presidente legítimo, assegurou na rede social X que defenderá a vontade popular expressa nas urnas.

"Compatriotas venezuelanos! Represento a vontade de quase 8 milhões de venezuelanos dentro da pátria, e a dos milhões de compatriotas a quem foi impedido votar no exterior, e tenho o dever de defender esse compromisso", escreveu em sua mensagem.

O líder opositor ressaltou que sua missão é proteger o mandato concedido pelos eleitores, em um contexto em que Maduro e seu governo foram acusados de violar a Constituição e se perpetuar no poder de maneira ilegítima.

“Hoje, em Caracas, Maduro violou a Constituição e a vontade soberana dos venezuelanos, expressa em 28 de julho. Consuma um golpe de Estado. Se autocoroa ditador”, declarou González no vídeo publicado na rede social X.

Além disso, assegurou que o regime de Nicolás Maduro carece de apoio popular e de suporte de governos democráticos, contando apenas com o respaldo “dos ditadores de Cuba, do Congo e da Nicarágua”.

González afirmou que está trabalhando nas condições necessárias para sua entrada segura na Venezuela e sua assunção como presidente constitucional e comandante em chefe da Força Armada Nacional.

"Represento a vontade de quase oito milhões de venezuelanos dentro da pátria e a de milhões de compatriotas a quem foi impedido votar no exterior, e tenho o dever de defender esse compromisso", destacou.

Também denunciou a recente repressão do regime contra líderes opositores, apontando o caso de María Corina Machado como um exemplo da “cobardia e ausência de escrúpulos” de Maduro.

Apesar das ameaças, González expressou sua confiança de que em breve conseguirá retornar ao país para liderar a transição democrática.

En seu mensagem, destacou o crescente reconhecimento de sua liderança por parte da comunidade internacional, mencionando o apoio de Israel e as sanções multilaterais contra o regime de Maduro.

Ele expressou sua gratidão aos governos democráticos que responderam ao seu chamado e exortou aqueles que ainda não o fizeram a adotar uma postura firme contra a tirania.

Além disso, fez um apelo ao alto comando militar para que desconheça as ordens ilegais do regime e garanta sua segurança para assumir o cargo que lhe foi conferido pela vontade popular.

“Os soldados da nossa Força Armada Nacional são parte do mesmo povo ao qual devem obediência através de mim, pois hoje sou presidente eleito da República Bolivariana da Venezuela”, afirmou.

Finalmente, enviou uma mensagem de esperança ao povo venezuelano, prometendo não falhar com eles e reafirmando seu compromisso de liderar o caminho rumo à liberdade. Concluiu lembrando o legado de luta do Pai Libertador e a certeza de que "a liberdade sempre derrota a tirania".

“Glória ao bravo povo!”, finalizou, com uma mensagem de unidade para todos os venezuelanos.

Este viernes, a também líder oposicionista María Corina Machado divulgou uma mensagem nas redes sociais onde não apenas condenou a repressão sofrida, mas também ofereceu detalhes sobre o episódio e refletiu sobre a crise política que atravessa a Venezuela.

A líder opositora descreveu no Instagram como foi "violentamente interceptada" por agentes do regime após participar na manifestação da oposição de quinta-feira em Caracas.

Perguntas frequentes sobre a situação política na Venezuela e Edmundo González

O que Edmundo González denunciou sobre o regime de Nicolás Maduro?

Edmundo González denunciou que o regime de Nicolás Maduro consumou um golpe de Estado na Venezuela, violando a Constituição e perpetuando-se no poder de maneira ilegítima. Ele afirma que defenderá a vontade popular expressa nas urnas, onde garante ter sido eleito pela maioria dos venezuelanos.

Como Edmundo González enfrentou seu exílio forçado?

Edmundo González relatou que foi coagido a assinar um documento que reconhecia a vitória de Maduro, sob a ameaça de enfrentar consequências. Decidiu exilar-se na Espanha, onde lhe foi concedido asilo político, considerando que poderia ser mais útil em liberdade do que encarcerado. De lá, continua denunciando a manipulação eleitoral e buscando apoio internacional.

Qual é o papel da comunidade internacional no conflito político venezuelano?

A comunidade internacional está dividida em sua resposta. Alguns países e organismos, como o Parlamento Europeu e os Estados Unidos, reconheceram Edmundo González como presidente legítimo, denunciando a fraude eleitoral. Outros países, aliados ao regime de Maduro, apoiaram sua reeleição. Essa situação aumentou a pressão internacional por uma transição pacífica.

Quais ações Edmundo González está tomando para assumir a presidência da Venezuela?

Edmundo González anunciou sua intenção de retornar à Venezuela no dia 10 de janeiro de 2025 para assumir a presidência, afirmando que foi escolhido pela maioria dos venezuelanos. Ele busca restaurar a democracia em seu país e conta com o apoio de vários países e organizações internacionais que reconhecem sua vitória eleitoral.

Por que é importante a figura de María Corina Machado na oposição venezuelana?

María Corina Machado é uma figura chave dentro da oposição venezuelana. Reafirmou a vitória de Edmundo González nas eleições e denuncia as violações de direitos humanos por parte do governo de Maduro. Machado tem instado a comunidade internacional a apoiar uma transição democrática e é uma voz proeminente na denúncia do regime atual.

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