Estados Unidos aumenta recompensas por Maduro e Diosdado Cabello

O aumento da recompensa faz parte de um pacote de novas sanções impostas pela administração do presidente Joe Biden, que continua pressionando o regime venezuelano.

Canel felicita Maduro após a posseFoto © X / Chancelaria de Cuba

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Estados Unidos aumentou nesta sexta-feira a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e do influente ministro do Interior Diosdado Cabello, de 15 para 25 milhões de dólares por cada um.

Esta medida ocorre após a posse de Maduro na Assembleia Nacional, controlada pelo chavismo, para o período presidencial 2025-2031, em meio a crescentes acusações de crimes relacionados ao narcotráfico.

O aumento da recompensa faz parte de um pacote de novas sanções impostas pela administração do presidente Joe Biden, que continua a pressionar o regime venezuelano, que nesta sexta-feira ignorou a vontade popular.

As sanções surgem após a polêmica posse de Maduro, que foi qualificada como um "golpe de Estado" pela oposição, que reivindica a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia nas eleições de julho de 2024.

Além da recompensa por Maduro, o governo dos EUA ofereceu 25 milhões de dólares por informações que levem à captura de Diosdado Cabello, e 15 milhões pelo arresto de Vladimir Padrino, ministro da Defesa.

O Departamento do Tesouro dos EUA também impôs sanções econômicas a oito altos funcionários do governo venezuelano, incluindo o presidente da petrolera estatal PDVSA, Héctor Obregón Pérez, e o ministro dos Transportes, Ramón Celestino Velásquez, a quem acusa de serem responsáveis por atos de repressão.

Através de um comunicado, a Administração Biden reiterou que tomará "medidas adicionais" para restringir as receitas de Maduro e seus aliados, além de considerar o embargo de ativos venezuelanos no exterior.

Paralelamente, os EUA decidiram estender o Estatus de Proteção Temporária (TPS) para milhares de venezuelanos que residem no país, permitindo que continuem trabalhando e residindo em território americano por mais 18 meses.

Este novo pacote de sanções e recompensas chega em um momento de crescente tensão, após a posse de Maduro para seu terceiro mandato consecutivo. A cerimônia foi recebida com forte rejeição tanto na Venezuela quanto na comunidade internacional, que questionou a legitimidade do processo eleitoral, marcado por denúncias de fraude e falta de transparência.

Maduro, que já está no poder há mais de 20 anos, defendeu sua investidura, assegurando que o poder que detém provém do povo venezuelano e não de governos estrangeiros, especialmente do Governo dos EUA.

A situação política da Venezuela continua sendo um tema de disputa internacional, enquanto o país enfrenta uma grave crise econômica, social e política.

Perguntas frequentes sobre as sanções e recompensas dos EUA a funcionários do regime venezuelano

Por que os Estados Unidos aumentaram a recompensa por Nicolás Maduro?

Os Estados Unidos aumentaram a recompensa por Nicolás Maduro devido às acusações de crimes relacionados ao narcotráfico e em uma tentativa de pressionar o regime venezuelano após a controvertida posse de Maduro para um novo mandato, que foi considerada ilegítima pela oposição e por vários atores internacionais.

Quais medidas adicionais os EUA tomaram contra o governo de Maduro?

Além do aumento das recompensas, os EUA impuseram sanções econômicas a vários altos funcionários do governo venezuelano, incluindo o presidente da PDVSA, o ministro dos Transportes e outros aliados de Maduro, com o objetivo de restringir suas receitas e exercer pressão sobre o regime.

Como a comunidade internacional tem respondido à posse de Nicolás Maduro?

A comunidade internacional expressou uma forte rejeição à posse de Nicolás Maduro para um novo mandato, questionando a legitimidade do processo eleitoral e denunciando a falta de transparência e as irregularidades nas eleições de julho de 2024.

Que ações os EUA tomaram em apoio aos venezuelanos em seu território?

Em paralelo às sanções, os EUA decidiram prorrogar o Estatus de Proteção Temporária (TPS) para milhares de venezuelanos no país, permitindo que trabalhem e residam legalmente durante mais 18 meses, em um esforço para apoiar os cidadãos afetados pela crise na Venezuela.

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Redação do CiberCuba

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