O parole humanitário está prestes a ser reativado, segundo fontes próximas ao governo dos EUA.

Os funcionários da Direção de Detecção de Fraude e Segurança Nacional do USCIS haviam revisado mais de dois terços das solicitações suspeitas até a semana passada.

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A emissão de permissões de viagem para beneficiários do parole humanitário, suspensa em 2 de agosto após um relatório interno que revelava níveis significativos de fraude, poderá ser reativada muito em breve, segundo informou nesta quarta-feira a NBC.

"Podem ser reativadas pela administração Biden tão cedo quanto esta semana, embora milhares de solicitações suspeitas ainda precisem de revisão", disseram duas fontes à NBC News.

A fonte acrescentou que a administração está ansiosa para retomar o programa o mais rápido possível, pois as autoridades estão cientes de que o parole estava “dissuadindo os migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela de cruzar a fronteira ilegalmente”, e temem um aumento nos cruzamentos ilegais pela fronteira.

Fontes familiarizadas com a revisão das quase 101.000 solicitações de patrocinadores disseram que os funcionários da Direção de Detecção de Fraude e Segurança Nacional do USCIS haviam revisado mais de dois terços das solicitações suspeitas até a semana passada.

Restavam cerca de 30.000 para revisar, mas a fonte acrescentou que possivelmente não terminarão antes que o programa seja restabelecido, cuja retomada, segundo as fontes, seria iminente.

Até o momento, seis solicitações de patrocínio foram entregues à sede de Investigações de Segurança Nacional, uma divisão do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas designada por meio de um acordo entre o USCIS e o ICE para investigar possíveis fraudes migratórias criminais, disseram fontes familiarizadas com a revisão, que não ofereceram outros detalhes sobre essa meia dúzia de casos.

Um funcionário do governo dos Estados Unidos disse à referida rede americana que, quando o programa for retomado, os pedidos de patrocinadores serão revisados manualmente em pequenos lotes, com procedimentos de exame aprimorados.

A partir de agora, qualquer patrocinador que se acredite estar envolvido em uma fraude será encaminhado imediatamente para uma investigação mais aprofundada.

Mais de 2,6 milhões de migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela solicitaram ingresso através do programa.

Até julho, mais de 530.000 imigrantes haviam sido autorizados a viajar para os Estados Unidos sob o programa, segundo dados do Departamento de Segurança Nacional (DHS).

Não está claro quantos desses solicitantes aprovados foram trazidos para os Estados Unidos com a ajuda dos 3.200 "patrocinadores em série" que o relatório detectou e que revelou a fraude em massa.

Tampoco está claro se as 101.000 solicitações que foram marcadas para revisão eram de pessoas que já haviam entrado nos Estados Unidos, de pessoas cujas solicitações foram rejeitadas, ou uma combinação de ambas.

Suspensão temporária dos permissões de viagem para beneficiários do parole humanitário

No dia 2 de agosto, o governo dos EUA congelou temporariamente os vistos de viagem para beneficiários do programa de parole humanitário após um relatório interno que revelava níveis significativos de fraude, conforme informou a Fox News, citando um porta-voz do Departamento de Segurança Nacional (DHS).

A fonte governamental indicou que “por precaução” suspenderam a emissão de autorizações de viagem antecipadas para o programa desde meados de julho, enquanto procedem a revisar de forma detalhada os pedidos dos patrocinadores, que é onde está o foco de fraude.

O CBP deixou de emitir autorizações de viagem para venezuelanos no dia 6 de julho e para cubanos, nicaraguenses e haitianos a partir do dia 18 de julho.

As autoridades indicaram que reiniciarão o processamento o mais rápido possível “com as salvaguardas adequadas”, embora não tenham dado uma data provável para o retorno da concessão dos permissos de viagem.

Até o final de junho, 106.757 cubanos haviam se beneficiado do programa, e cerca de 104.130 já tinham viajado para o território dos Estados Unidos, de acordo com dados oficiais do CBP.

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