Congressista cubano-americano promete identificar e devolver os repressors que vivem nos EUA.

“Se você é um repressão castrista vivendo nos Estados Unidos, nós vamos te identificar e você será devolvido a Cuba por cometer fraude migratória”, declarou o republicano Carlos Giménez.

El congresista Carlos Giménez (r) durante la conferencia de prensa de la FHRC © X / @RepCarlos
O congressista Carlos Giménez (r) durante a coletiva de imprensa da FHRCFoto © X / @RepCarlos

O congressista cubano-americano Carlos Giménez se comprometeu a identificar e devolver a Cuba os represores do regime castrista que chegaram recentemente e que estão vivendo nos Estados Unidos.

“Se você é um repressão castrista vivendo nos Estados Unidos, vamos te identificar e você será devolvido a Cuba por cometer fraude migratória. É INACEITÁVEL que a Administração Biden-Harris dê espaço a agentes do regime que assassinam nosso povo”, declarou o republicano em um tuíte.

Giménez participou nesta terça-feira da coletiva de imprensa realizada em Miami pela Fundação pelos Direitos Humanos em Cuba (FHRC, em inglês), na qual foi denunciada a presença de pelo menos 117 supostos reprressores do regime cubano que emigraram para os Estados Unidos nos últimos anos.

Apoiada em suas pesquisas, a FHRC afirma que são muitos os repressors do regime cubano que chegaram e se misturaram discretamente na sociedade americana, o que sublinha a necessidade urgente de abordar esse problema.

Rolando Cartaya, exprisioneiro político cubano e diretor do programa Represores Cubanos da FHRC, explicou à Telemundo 51 que sua equipe reuniu informações detalhadas sobre esses indivíduos graças a denúncias de vítimas que identificaram seus supostos repressors.

“Se as pessoas quiserem levar isso aos tribunais, podem escrever uma declaração jurada perante um notário, nos enviá-la e nós a encaminharemos ao FBI e ao DHS”, afirmou Cartaya, que destacou que em vários casos foram realizadas investigações oficiais sobre as pessoas denunciadas.

Desde fevereiro de 2023, a FHRC revelou a identidade de 20 represores que residem nos Estados Unidos, mas esse número aumentou significativamente, alcançando 117 pessoas até a data.

O relatório da FHRC revela que a maioria dos casos verificados corresponde a indivíduos que abandonaram Cuba nos últimos anos, seja cruzando fronteiras ou por vias regulares.

Em declarações ao referido meio, o advogado cubano Santiago Alpízar, que colabora com a organização Cuba Demanda nessas investigações, afirmou que “o Governo dos EUA tem todos os recursos. Aqui o que falta é a vontade administrativa ou política de executar a lei”.

Em resposta a essas denúncias, o congressista cubano-americano Carlos Giménez prometeu entregar a lista de indivíduos identificados pela FHRC às agências responsáveis.

Além disso, Giménez buscará que o secretário do Departamento de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, compareça diante de um comitê do Congresso para explicar como essas pessoas puderam entrar nos Estados Unidos, denunciando um possível “fraude em massa”.

O tema ganhou relevância nas redes sociais e meios alternativos, onde abundam denúncias de cubanos que afirmam conhecer repressões que emigraram para os Estados Unidos. Um dos casos mais recentes e polêmicos é o do ex-dirigente comunista Manuel Menéndez Castellanos, que chegou a Miami por via aérea, supostamente após um processo de reagrupamento familiar.

O caso de Melody González Pedraza, ex-juíza cubana e antiga militante do Partido Comunista de Cuba (PCC), também gerou controvérsia. Apesar de ter chegado aos Estados Unidos sob o programa de parole humanitário, sua entrada foi negada devido à sua filiação ao PCC, o que a levou a solicitar asilo político.

Outros exfuncionários do regime cubano, como Rosabel Roca Sampedro, que pediu penas de prisão para manifestantes do 11J, e Arelys Casañola Quintana, ex-presidente da Assembleia Municipal do Poder Popular na Ilha da Juventude, também tentaram se estabelecer nos EUA, gerando debate sobre a chegada de repressores do regime cubano ao país do norte.

A situação levanta questionamentos sobre a eficácia dos controles migratórios e a vontade política para evitar que indivíduos ligados a violações de direitos humanos em Cuba se estabeleçam nos Estados Unidos.

A metade de maio, a administração Biden anunciou mudanças significativas na política de asilo político que podem afetar os reprimidores de regimes autoritários em países como Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Segundo especialistas consultados pelo Martí Noticias, essas novas medidas restringirão a entrada nos EUA de indivíduos com antecedentes criminais ou que tenham participado de atividades repressivas.

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