A frota da Marinha de Guerra da Rússia, que inclui uma fragata moderna e um submarino de propulsão nuclear, chegou na manhã desta quarta-feira a Havana como parte de uma visita programada que gerou grande expectativa por sua significância geopolítica.
O petroleiro da frota Pashin liderou a flotilha e iniciou sua entrada na Baía de Havana logo após as sete da manhã, com apoio técnico cubano.
A seguir, entrou em cena o rebocador de salvamento Nikolai Chiker (SB-131), pertencente ao grupo naval da Frota do Norte.
Em terceiro lugar, entrou na baía de Havana a fragata "Almirante Gorshkov", o navio que lidera o grupo da Marinha da Federação Russa que hoje inicia uma visita oficial à ilha, que se estenderá até 17 de junho.
Por último, o submarino de propulsão nuclear Kazan entrou na Baía.
Chegando agora ao porto de Havana, um rebocador de resgate e um quebra-gelo russo (não particularmente útil para Cuba em junho), brincava nas redes sociais o jornalista Patrick Oppmann, correspondente da CNN em Havana.
Após a chegada dos impressionantes navios na baía de Havana, multiplicaram-se as fotos das agências de imprensa e dos cubanos que se aproximaram do porto de Havana para não perderem o acontecimento, como costumava acontecer com os cruzeiros vindos dos Estados Unidos.
Diplomatas russos e turistas de visita na ilha também não quiseram perder o desfile de poderio de seu país nas águas cubanas.
Nas últimas horas, o governo dos Estados Unidos desdobrou vários navios de guerra e um avião de reconhecimento submarino para rastrear o curso da frota russa.
O Ministério das Relações Exteriores (MINREX) de Cuba anunciou na semana passada a chegada a Havana, em "visita oficial", de vários navios da Marinha de Guerra da Rússia, incluindo um submarino de propulsão nuclear.
Entre 12 e 17 de junho de 2024, uma visita oficial ao porto de Havana será feita por um destacamento naval da Federação da Rússia, composto por quatro navios: a fragata 'Gorshkov', o submarino de propulsão nuclear 'Kazan', o navio petroleiro da frota 'Pashin' e o rebocador de salvamento 'Nikolai Chiker', informou o MINREX na última quinta-feira em um comunicado.
A nota oficial acrescentou que a visita está em conformidade "com as históricas relações de amizade entre Cuba e a Federação Russa", e que "está estritamente em conformidade com os regulamentos internacionais dos quais Cuba é Estado parte".
O MINREX esclareceu que nenhum dos navios é transportador de armas nucleares e que sua escala no país não representa ameaça para a região.
Posteriormente o governo dos Estados Unidos afirmou estar ciente das embarcações de combate russas, que estão previstas para chegar a Cuba e ao Caribe para um exercício militar.
A mesma fonte disse que este verão a Rússia realizará uma intensa atividade naval e aérea no Caribe, perto dos Estados Unidos, e que as ações culminarão com um exercício naval russo global no outono. No entanto, a administração Biden afirmou que não vê o desdobramento com alarme, pois a Rússia tem enviado navios para o hemisfério ocidental anualmente de 2013 a 2020.
É necessário que "os desdobramentos da Rússia fazem parte da atividade naval de rotina" e que "não preocupam o governo dos Estados Unidos, pois não representam uma ameaça direta para os Estados Unidos".
O senador cubano-americano Marco Rubio, por sua vez, pediu ao presidente Joe Biden que não ficasse de braços cruzados e lembrou que não houve um submarino russo com mísseis de capacidade nuclear operando no Caribe há mais de 30 anos.
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