O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) anunciou um investimento de mais de 11,2 milhões de dólares em colaboração com a BioCubaFarma para desenvolver medicamentos inovadores contra doenças geriátricas e oncológicas; porém destinados ao mercado russo.
Kiril Dmítriev, diretor geral do RDIF, informou que este investimento inicial de até 1.000 milhões de rublos (11,26 milhões de dólares na taxa de câmbio atual) poderia duplicar-se no futuro, conforme citado pelo portal oficialista Cubadabate.
Dmítriev subrayou a intenção de "atrair os melhores produtores mundiais de medicamentos para o mercado russo" para localizar a pesquisa e a produção, substituir importações e estabelecer uma base industrial própria.
Este anúncio foi feito na XXVII edição do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, onde Dmítriev reconheceu a BioCubaFarma - com uma grave crise de matérias-primas que a impede de garantir o quadro básico para os cubanos - como o primeiro parceiro do RDIF em Cuba.
O investimento em biofarmacêutica e na criação de medicamentos contra doenças geriátricas e oncológicas facilitará a longo prazo o auxílio a um maior número de pacientes e ampliará significativamente as capacidades da medicina russa.
BioCubaFarma, uma corporação biofarmacêutica composta por 46 empresas, 33 delas em Cuba e 13 no exterior, dedica-se à pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de medicamentos, sistemas diagnósticos, equipamentos e serviços de alta tecnologia.
No entanto, o presidente da BioCubaFarma, Eduardo Martínez Díaz, reconheceu no ano passado que a instituição produz mais de 1.000 produtos e desenvolve mais de 390, mas apenas 795 são para o Sistema Nacional de Saúde Pública. Destes, 65% são do quadro básico (383), mas como "a situação é muito complexa", existem vários medicamentos "em escassez, tanto os fabricados em Cuba quanto os importados", disse Martínez.
Os cubanos muitas vezes precisam obter seus remédios por meio das redes sociais ou no mercado negro.
Afirmou que a falta de medicamentos em Cuba atualmente se deve à baixa disponibilidade de matérias-primas e insumos necessários para a produção; paradas nas fábricas devido a quebras ou manutenção e a escassez de combustíveis, entre outros fatores.
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