O regime militar cubano militarizou na noite de quinta-feira e na madrugada desta sexta-feira vários distritos de Santiago de Cuba para conter os protestos cidadãos contra os apagões prolongados naquela cidade.
O jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada informou em seus canais que vários corpos de repressão do regime - como as Boínas Negras e outros agentes do Ministério do Interior (Minint) - foram enviados depois que os cidadãos de Santiago começaram a bater em panelas e a exigir a restauração do serviço elétrico.
Explica que houve "pequenos protestos juvenis" nos bairros de Indaya, La Barca de Oro e Nuevo Vista Alegre.
"Gritos de "Corriente y Comida" en el Nuevo Vista Alegre y Conga en Indaya en Santiago de Cuba, el régimen saca a los Boinas Negras", expresó Mayeta Labrada en Facebook.
Uma publicação de um porta-voz do regime no Facebook reconheceu que ocorreram distúrbios. "Realmente houve agitação, entre conga e coro, mas nada grave", escreveu o perfil próximo ao Minint "Aris Arias Batalla".
No meio da crise energética em Cuba, foram relatados protestos em várias províncias. Na terça-feira, após intensos apagões em Cienfuegos, dezenas de moradores da cidade saíram às ruas para protestar, fazendo barulho com suas panelas e cantando e gritando "liberdade".
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram uma multidão de cienfuegueros nas ruas manifestando-se contra o governo e exigindo o restabelecimento do serviço elétrico.
Além disso, têm ocorrido manifestações em Las Tunas, Baracoa, Camagüey, Pinar del Río e Matanzas.
O regime recentemente reconheceu que espera um aumento dos protestos cidadãos, especialmente nos próximos meses de verão.
Ao mesmo tempo, indicou que a situação energética não será resolvida de forma iminente.
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