Uma mãe cubana residente no sul da Flórida pediu ajuda pública para encontrar seu filho adolescente, que desapareceu há quase dois meses na cidade de Cape Coral, no condado de Lee.
Se trata de Adriano Benítez Martí, um adolescente de 17 anos que foi visto pela última vez no dia 28 de outubro, quando estava a caminho de casa após sair da escola.
A mãe, visivelmente exausta e com o rosto marcado pela incerteza, compartilhou seu testemunho em um vídeo publicado pelo jornalista Mario Pentón.
“Estou fazendo este vídeo para pedir ajuda, já que meu filho menor de idade, com 17 anos, Adriano Benítez Martí, está desaparecido desde o dia 28 de outubro deste ano, 2025”, disse a mulher no início da gravação.
"Nunca mais voltou"
Segundo relatou, ela mesma levou seu filho para a escola naquela manhã, como costumava fazer todos os dias.
Nos casos em que seu trabalho impedia que ele fosse buscá-lo, ele pagava um Uber para que pudesse voltar para casa.
Essa rotina aparentemente normal marcou o último contato direto que teve com seu filho.
“O dia em que desapareceu, ele se comunicou comigo e disse: ‘estou indo para casa, já chamei o Uber’, e nunca mais voltou”, lembrou.
A partir desse momento, começou uma angustiante busca marcada pela burocracia e pelo silêncio das autoridades locais.
A mãe afirma que apresentou uma denúncia de desaparecimento na cidade de Cape Coral e que um detetive foi designado para o caso.
“Ele foi à minha casa, pegou amostras da escova de dentes do meu filho, do pente, fez várias perguntas, tirou fotos do meu filho”, detalhou.
No entanto, ao perceber que o tempo passava sem avanços, decidiu entrar em contato com o sistema de Alerta AMBER por conta própria.
“Fui à estação de polícia em várias ocasiões e não obtive respostas. Fui aos escritórios do xerife da cidade, também não tive respostas. Chamaram alguns amigos dele e ninguém sabe do meu filho”, lamentou.
“Não tenho um dia em que possa dormir tranquila.”
Em meio à dor, a mulher tentou oferecer um retrato íntimo de seu filho, na esperança de que aqueles que o virem reconheçam aquele rapaz educado e carinhoso.
“Ele é uma criança criada com amor. Eu sou mãe solteira. Eu o criei com amor, assim como aos meus outros filhos. É uma criança tranquila, com excelentes notas na escola, um menino obediente, um menino de casa, que pedia permissão para ir a qualquer lugar… e, de repente, não sei, meu filho desapareceu.”
A incerteza a consome: “Não é que eu pense o pior, mas sinto que meu filho não está bem. Não tenho um dia em que consiga dormir tranquila.”
As perguntas sobre o Uber
Um dos aspectos que mais comentários gerou nas redes sociais é o uso do Uber pelo adolescente.
A mãe mencionou que Adriano usava esse aplicativo quando ela não podia buscá-lo, o que despertou preocupações em relação aos protocolos de segurança nesses casos.
Um internauta questionou: “Como é que não recolhem os dados da Uber em cada viagem se era uma criança sozinha?”.
Outros apontaram que existe uma função no aplicativo chamada Uber Teens, projetada especialmente para menores, onde o familiar pode acompanhar o trajeto em tempo real e receber os dados do motorista.
Também houve quem apontasse que o motorista do Uber "é o primeiro que eles têm que procurar".
Este aspecto tem intensificado a reivindicação coletiva por uma investigação mais aprofundada e maior cooperação da plataforma de transporte.
Entre o julgamento e a empatia: Reações públicas
A divulgação do vídeo gerou uma onda de comentários.
Alguns usuários expressaram comoção, apoio e solidariedade. Outros, por outro lado, questionaram a atitude da mãe, sugerindo que ela estava “demasiado tranquila”.
“Eu não teria essa calma, estaria como louca. Quando meus filhos passam mais tempo do que devem, não suporto a inquietação”, escreveu uma comentarista.
Outra disse: “Meu filho tem 32 anos e se ele não se reporta todos os dias, eu estaria morta-viva. Essa mãe está muito tranquila, eu estaria sem cabelo, sem dentes e sem pele.”
Diante desses julgamentos, muitas vozes se levantaram em defesa da mulher.
“Cada um manifesta sua dor de maneiras diferentes e conforme seu caráter”; “Nos acostumaram tanto ao drama e à baixaria que não valorizamos a equanimidade”; “Às vezes, quem aparenta estar tranquilo por fora é quem mais sofre por dentro”, foram alguns comentários.
Alguém resumiu o sentimento coletivo com uma oração: “Essa mãe está tentando enfrentar o pesadelo que todos os pais temem. Ela não tem tempo para lágrimas, é hora de agir com calma e coragem. Em seus momentos privados, ela chora como qualquer mãe. Ela precisa da força de Deus e da comunidade para buscar seu filho, que para sempre será seu bebê.”
Até o fechamento desta nota, não há detalhes adicionais sobre o caso.
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