Régimen cubano sai em defesa de Maduro após o bloqueio petrolífero total imposto por Trump à Venezuela



Cuba apoia Maduro após o bloqueio total de petróleo de Trump à Venezuela. Díaz-Canel e Rodríguez condenam a medida e denunciam a violação do Direito Internacional.

Miguel Díaz-Canel e Nicolás MaduroFoto © Collage CiberCuba

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O governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez expressou seu apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após o anúncio do bloqueio total de petróleo imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o país sul-americano.

Em uma mensagem publicada nas redes sociais, Díaz-Canel escreveu: "Nosso enérgico rejeição ao bloqueio naval do governo dos EUA à Venezuela. Apoiamo-nos firmemente ao presidente Nicolás Maduro, à Revolução Bolivariana e Chavista e à sua União Popular-Militar. Nosso total respaldo ao comunicado publicado pelo Governo venezuelano". O texto foi acompanhado do comunicado oficial emitido pelo governo venezuelano.

O comunicado da República Bolivariana da Venezuela, datado de Caracas, rejeita o que classifica como uma “grotesca ameaça do Sr. Trump” e assegura que o anúncio americano viola o Direito Internacional, o livre comércio e a livre navegação. O documento sustenta que o presidente dos Estados Unidos “pretende impor de maneira absolutamente irracional um suposto bloqueio militar naval à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa Pátria”.

O texto acrescenta que a Venezuela denunciará o caso perante as Nações Unidas e convoca “o povo dos EUA e os povos do mundo a rejeitar esta ameaça”. Também cita uma declaração atribuída a Trump na qual o mandatário teria dito: “até que devolvam aos EUA todo o petróleo, terras e outros ativos que nos roubaram anteriormente”.

Por sua vez, o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla publicou uma mensagem na mesma rede onde afirmou: “Rejeitamos o bloqueio naval contra a Venezuela anunciado pelo governo dos #EUA, em uma gravíssima violação do Direito Internacional e um aumento da escalada de agressão contra o governo bolivariano. Nosso total e firme apoio ao presidente constitucional Nicolás Maduro, à Revolução Bolivariana e Chavista e à sua União Popular-Militar.”

O presidente Donald Trump anunciou um bloqueio petrolífero total contra a Venezuela e o endurecimento das deportações, acusando o governo de Nicolás Maduro de utilizar recursos energéticos para “financiar atividades criminosas” e de “narcoterrorismo, tráfico de pessoas, assassinato e sequestro”.

Trump afirmou que a Venezuela está “completamente cercada” por forças militares americanas e advertiu que as medidas continuarão “até que o país devolva todo o petróleo, as terras e outros ativos” que, segundo ele, foram “roubados anteriormente”.

Em sua mensagem, o mandatário qualificou o governo venezuelano como um “regime ilegítimo” e o designou como uma “organização terrorista estrangeira”. O anúncio incluiu ainda um endurecimento da política migratória, com ênfase na deportação acelerada de imigrantes venezuelanos.

Dias antes do anúncio dos Estados Unidos, o governo cubano reconheceu que o petróleo transportado pelo navio apreendido pelos Estados Unidos no Caribe tinha como destino final Cuba, após denunciar que a operação impede “os suprimentos de hidrocarbonetos à Ilha”. A admissão foi feita em declarações do chanceler Bruno Rodríguez e em uma nota do Ministério das Relações Exteriores (MINREX), onde a ação foi qualificada como um “ato de pirataria e terrorismo marítimo”.

Segundo informações sobre a apreensão, as autoridades americanas confirmaram que o navio transportava petróleo sancionado proveniente da Venezuela e do Irã, e que a carga estava destinada ao sistema energético cubano, que enfrenta uma grave crise de fornecimento.

O regime cubano responsabilizou Washington por agravar essa situação e por aplicar uma política de pressão contra os envios de petróleo venezuelano para a Ilha.

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