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Quatro cidadãos cubanos condenados por delitos sexuais, que têm ordens de deportação pendentes há anos e não deixaram o país, foram presos esta semana no condado de Palm Beach, na Flórida, confirmaram as autoridades federais.
Uma informação divulgada pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), através de sua conta oficial na rede X, apontou que a intervenção da agência federal foi decisiva na detenção dos imigrantes cubanos.
“Desempenhamos um papel fundamental na prisão de quatro criminosos sexuais condenados no condado de Palm Beach, Florida. Todos eram cubanos e sua deportação do país havia sido ordenada anos atrás”, disse o USCIS, que não revelou a identidade dos detidos nem seus antecedentes criminais.
A nota também não revelou as razões pelas quais os indivíduos não cumpriram as ordens de deportação, nem desde quando foram emitidas, mas advertiu que “seu tempo nos Estados Unidos terminou”.
Estas detenções fazem parte da ofensiva promovida pelo Departamento de Segurança Nacional (DHS) contra a imigração ilegal, executada pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE), em conjunto com outras agências e forças de ordem federais e estaduais.
As autoridades federais intensificaram a frequência e o alcance das operações para localizar, capturar e expulsar imigrantes com antecedentes graves, considerados uma ameaça à segurança pública, e afirmam que seu objetivo é proteger as comunidades norte-americanas de criminosos perigosos reincidentes e fazer cumprir as leis migratórias do país.
As operações resultaram na detenção, nos últimos meses, de milhares de estrangeiros indocumentados, que estão sendo processados para sua deportação.
Nesse contexto, foram registrados numerosos arrestos de cidadãos cubanos com histórico criminal, que permanecem sob custódia do ICE à espera de serem deportados.
No entanto, os EUA enfrentam dificuldades para executar a deportação de certos migrantes para Cuba, devido à negativa do governo de Havana em aceitar nacionais que cometeram crimes e cumpriram penas em prisões norte-americanas, desde que tenham deixado o país antes dos acordos migratórios de 2017.
Por tal razão, alguns cubanos com ordens definitivas de deportação foram enviados a terceiros países, com os quais não têm nenhum vínculo, o que pode implicar riscos para eles.
As recentes detenções de cubanos ocorrem em um momento em que a administração Trump elevou ainda mais o nível de sua estratégia contra a imigração ilegal, que não se concentra apenas na prisão e expulsão de criminosos estrangeiros violentos, mas também visa pessoas em diversas fases de seus processos migratórios, que não cometeram crimes.
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