Julgamento pela morte de El Taiger é adiado novamente e seu ex-manager explode contra a defesa



O julgamento pelo assassinato de El Taiger é adiado novamente, frustrando a comunidade cubana de Miami. A defesa pede mais tempo, e a ex-managers critica a demora apesar da abundante evidência.

El TaigerFoto © Instagram / El Taiger

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O caso do assassinato do reguetonero cubano José Manuel Carvajal, conhecido como El Taiger, voltou a empacar nesta segunda-feira em Miami, deixando mais uma vez no limbo familiares, seguidores e grande parte da comunidade cubana que há mais de um ano espera por justiça. A audiência, que durou apenas um minuto, não avançou para o julgamento e terminou com um novo adiamento, segundo reportou a Telemundo 51.

O acusado, Damián Valdéz Galloso, permanece preso desde 2024, mas seu processo judicial continua estagnado na fase de coleta de evidências. A promotoria assegurou que ainda estão sendo analisados materiais, declarações e a coordenação de testemunhas, enquanto a defesa solicitou mais tempo para revisar o expediente desde o início.

Seu novo advogado, Ricardo Hermida, acaba de assumir o caso após a renúncia da advogada anterior e disse em tribunal que sua equipe “está começando do zero”, uma frase que caiu como um balde de água fria para aqueles que esperavam um avanço.

A ex-gerente do artista, Teresa M. Padrón, saiu da sala irritada e questionou diretamente a demora e a estratégia da defesa.

“Eu imaginei que ele ia levar mais tempo para se organizar e entrevistar as testemunhas”, disse à Telemundo 51, embora tenha deixado claro que, para ela, os atrasos não têm justificativa.

“Se eles têm a arma com a qual cometeram o ato, têm vídeos, têm tudo... Damián está preso há mais de um ano e pelo que vejo isso vai durar até o final do ano que vem.”

Padrón acusou Valdéz Galloso de “se aproveitar do sistema” e lamentou que, apesar da existência de abundante evidência, o processo avance a conta-gotas.

O retorno ao tribunal está agendado para o dia 22 de janeiro, quando o juiz Milton Hirsch avaliará se a defesa está realmente pronta para ir a julgamento ou se o ciclo de adiamentos continuará.

O mal-estar aumentou ainda mais após a filtragem de imagens sensíveis que fazem parte do processo, nas quais se observa o momento em que El Taiger cai após receber o disparo e outro vídeo onde seu corpo é arrastado.

Padrón qualificou a divulgação como “fatal, horrível”, e criticou tanto a promotoria quanto os meios de comunicação que publicaram o material. “Nem a família havia visto ele nessa condição. Sinto que é uma falta de respeito, pela família, pelos filhos e pelos fãs de José”, disse entre lágrimas.

Enquanto o juiz ordenou uma nova audiência de status dentro de 45 dias, o caso de El Taiger continua preso na burocracia judicial. E a cada adiamento, cresce a sensação de frustração na comunidade cubana de Miami, que acompanha o processo com esperança e desespero para finalmente ver justiça para o artista.

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