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Enquanto três pessoas perderam a vida em Cuba nos últimos dois dias devido às chuvas e deslizamentos de terra —duas em Santiago de Cuba e uma em Havana—, o presidente Miguel Díaz-Canel usou suas redes sociais para felicitar os mandatários da Bolívia e da China, sem se pronunciar sobre as mortes ocorridas em seu próprio país.
Em uma mensagem publicada em 28 de setembro no X, Díaz-Canel escreveu: “Feliz aniversário, querido irmão @LuchoXBolivia. De #Cuba, receba um forte abraço”.
Pouco depois, em outra publicação, celebrou o 65º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e China, enviando um “caloroso abraço ao Partido, ao Governo e ao Povo da República Popular da China” e destacando os “vínculos históricos e estratégicos” entre ambas as nações.
A ausência total de referências oficiais às vítimas dos desabamentos gerou fortes críticas nas redes sociais. O jornalista e ativista José Raúl Gallego denunciou no Facebook: “Três pessoas morreram nos últimos dois dias em Cuba (duas em Santiago e uma em Havana) devido às chuvas e aos desabamentos. E o que disse Díaz-Canel a respeito? Nada, porque são mortos cubanos e isso não importa para eles.”
Decenas de usuários apoiaram sua publicação, questionando a desconexão do mandatário com a realidade do país. “A cada dia, ele demonstra a pouca percepção que tem da situação do povo cubano”, escreveu um.
Outro acrescentou: “Sólo fala dos mortos na Faixa de Gaza. Eu acho que ele devia se candidatar à presidência da Palestina, porque os problemas daqui não são abordados a fundo.”
Este contraste entre a indiferença diante de tragédias locais e o ativismo diplomático internacional de Díaz-Canel aprofundiza o mal-estar popular em meio a um país atingido por apagões, crise econômica e um deterioramento acelerado de sua infraestrutura.
Perguntas frequentes sobre a indiferença do governo cubano diante de tragédias locais
Por que Miguel Díaz-Canel é criticado por não se pronunciar sobre os desabamentos em Cuba?
Critica-se Miguel Díaz-Canel porque, enquanto três pessoas morreram em desabamentos em Cuba, ele não se pronunciou sobre as mortes e se concentrou em felicitar líderes de outros países nas redes sociais. Essa atitude gerou indignação, pois evidencia uma desconexão com as tragédias locais em meio a uma crise econômica e de infraestrutura na ilha.
Qual foi a reação nas redes sociais diante da inação de Díaz-Canel sobre as mortes em Cuba?
A reação nas redes sociais foi de fortes críticas a Díaz-Canel devido à sua falta de empatia e atenção em relação aos falecimentos provocados pelos desabamentos. Usuários criticaram a indiferença do mandatário e sua desconexão com a realidade do povo cubano, destacando seu foco em assuntos internacionais enquanto ignora problemas locais.
Como a relação entre Cuba e China afeta a situação interna do país?
A relação entre Cuba e a China, descrita por Xi Jinping como um modelo de solidariedade entre países socialistas, tem intensificado a dependência cubana da China para enfrentar sua crise interna, mas não resolveu problemas básicos como a falta de abastecimento e os apagões. Enquanto isso, o governo cubano prioriza essa relação em detrimento das necessidades imediatas de seu povo.
O que indica a atitude de Díaz-Canel em relação ao povo cubano em contextos de crise?
A atitude de Díaz-Canel reflete uma falta de empatia e priorização de problemas locais, uma vez que seu enfoque tem sido em fortalecer relações diplomáticas internacionais enquanto persistem graves crises internas em Cuba. Essa desconexão alimenta o descontentamento popular e reafirma a ineficácia do governo em lidar com as necessidades urgentes de seus cidadãos.
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