Os apagões intermináveis que castigam Cuba há meses deram origem a um novo apelido popular para a ilha habitada mais escura do planeta Terra: Apagonia.
Um termo que condensa a rotina de escuridão e cansaço que atravessam milhões de cubanos, enquanto o governante Miguel Díaz-Canel repete promessas não cumpridas de “recuperação energética” e o povo continua às escuras em pleno 2025.
Sandro Castro, neto do ditador cinza convertido em influencer da provocação, não perdeu a oportunidade de se apropriar desse meme e transformá-lo em um de seus habituais reels grotescos.
En sua mais recente publicação no Instagram, apareceu lançando uma verborragia absurda contra Magnolia, seu novo "objeto transitório", entre referências a tangas, chicotes, “tortilleras” e pirômanas, até concluir com uma frase que poderia ser interpretada como outro dardo político contra o líder da “continuidade”.
“Viver em Apagonia está te fazendo mal”, disse Sandro a seu alter ego de Magnolia, uma mão sem cérebro que vai tocando os corpos de homens e mulheres, insaciável de Luxúria e embriaguez.
Que o diga o neto do tirano que implantou o cartão de racionamento em 1962, e que o repita em um país onde os cortes de energia são cotidianos, é uma ironia que não precisa de explicação.
A maioria dos cubanos sobrevive entre apagões, filas, escassez de alimentos e preços impossíveis, enquanto os herdeiros do poder desfrutam de privilégios e se dão ao luxo de ridicularizar a desgraça nacional nas redes sociais.
Pero Sandro não parou por aí. Ele encerrou seu vídeo com uma nova alusão à livreta de abastecimento. “Vamos buscar os mantimentos”, disse a Magnolia antes de finalizar o vídeo.
Sua frase chega horas depois que CiberCuba publicou a nota sobre sua paródia da libreta, convertida em “diário de um vampiro”.
Casualidade ou resposta encoberta à imprensa independente? A provocação está servida, e com ela a impunidade com que Sandro exibe o sobrenome Castro como marca de zombaria e ostentação.
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