Um vídeo criado com inteligência artificial está emocionando milhares de cubanos dentro e fora da ilha. Em apenas alguns segundos, a peça mostra a transformação de Havana: de ruas destruídas, edifícios em ruínas e lixo acumulado, para uma cidade limpa, arborizada, com fachadas restauradas e um ar de modernidade que muitos associam ao primeiro mundo.
A publicação se tornou viral e, juntamente com a emoção que desperta, abriu um debate carregado de sentimentos, esperanças e preocupações sobre o futuro de Cuba.
Tomara que isso seja verdade algum dia, embora eu não possa ver, comentou uma usuária, refletindo o desejo de muitos cubanos que, apesar da distância ou do desencanto, ainda sonham com um país renovado.
Outros foram mais espirituais, dizendo que “todos os dias peço a Deus que minha Cuba seja livre”, escreveu outra internauta, enquanto um cubano no exílio resumiu o sentimento de muitos, afirmando que “um vídeo não pode te fazer sentir tanto sentimento, meu Deus”.
O debate sobre a identidade de Havana
O vídeo também gerou polêmica entre aqueles que temem que um futuro "moderno" apague a essência arquitetônica da capital. “Não me destruam a arquitetura de Havana. Com bons arquitetos, muitos edifícios podem ser reconstruídos, pelo menos as fachadas”, opinou um internauta.
Outros alertaram que uma reconstrução sem a preservação do patrimônio histórico correria o risco de transformar a cidade em uma paisagem de “caixas de vidro e concreto sem caráter”, como destacou um usuário que comparou a situação com Miami.
Mais além da estética, muitos apontaram para o fundo social e político. “A verdadeira reconstrução e liberdade precisam começar dentro de nós. Perdemos o rumo como sociedade”, refletiu um comentarista.
Outro foi mais direto: “Sem comunismo, isso pode ser feito em apenas 10 anos”.
Também houve quem colocasse na mesa o problema econômico: “¿E essas casas e prédios quem serão os proprietários, o povo ou será necessário pagar aluguéis exorbitantes como na Europa ou nos Estados Unidos?”.
Uma emoção compartilhada na região
El impacto do vídeo transcendeu as fronteiras cubanas. Uma usuária chilena confessou: “Não consigo parar de me emocionar ao ver isso, que felicidade para os irmãos cubanos, espero algum dia ver Cuba renascer”. Uma venezuelana expressou algo semelhante: “Desejo que possam ser felizes em abundância e prosperidade”.
Sin embargo, nem todos receberam a mensagem com otimismo. Uma voz crítica concluiu com desencanto mencionando que “não vai acontecer. Ninguém vai fazer nada por nós, os que estão dentro têm medo e os que fomos nos demos por vencidos”.
O vídeo se tornou um espelho dos desejos e frustrações de toda uma nação. Uma peça breve, criada por uma máquina, mas capaz de despertar lágrimas, discussões e, acima de tudo, a eterna pergunta: quando chegará o dia em que o sonho de um país livre, próspero e belo deixará de ser virtual?
Perguntas frequentes sobre o vídeo "A Cuba do amanhã" e o contexto atual em Cuba
Sobre o que trata o vídeo "La Cuba del mañana" que se tornou viral?
O vídeo, criado com inteligência artificial, mostra uma transformação de Havana, passando de uma cidade degradada para uma moderna e restaurada, gerando emoções e debates sobre o futuro de Cuba entre os cubanos.
Que sentimentos este vídeo gerou entre os cubanos?
O vídeo despertou sentimentos de esperança e desejos de um futuro melhor para Cuba, mas também provocou críticas e preocupações sobre a manutenção da identidade arquitetônica de Havana e os desafios econômicos que o país enfrenta. Alguns cubanos expressam esperanças de ver um dia uma Cuba livre e próspera, enquanto outros temem que a realidade não permita tais mudanças.
Como tem sido a reação em relação à possibilidade de modernizar Havana?
Existem opiniões divididas: alguns temem que a modernização apague a essência histórica da cidade, enquanto outros defendem uma renovação que preserve as fachadas e o caráter arquitetônico de Havana. Existem paralelismos com cidades como Miami, onde a modernização pode ter alterado a identidade urbana.
Quais obstáculos são mencionados para alcançar uma transformação semelhante na realidade cubana?
Os principais obstáculos mencionados são o sistema político e a crise econômica. Alguns usuários acreditam que, sem o regime comunista, a transformação poderia ser possível em uma década. Além disso, questiona-se quem seria o proprietário das habitações e se o povo cubano conseguiria enfrentar os altos custos de vida associados a uma modernização desse tipo.
Arquivado em:
