A termoelétrica Antonio Guiteras ficará parada por seis meses para manutenção

A termoelétrica Antonio Guiteras em Cuba interromperá suas operações por seis meses para manutenção, afetando a já precária geração de energia elétrica e aumentando o risco de apagões prolongados na ilha.

CTE Antonio GuiterasFoto © Periódico Girón

El director geral da União Elétrica de Cuba (UNE), Alfredo López Valdés, confirmou que a central termelétrica Antonio Guiteras, em Matanzas, sairá de operação no final deste ano para uma manutenção capital de seis meses.

Durante sua intervenção no programa oficialista Mesa Redonda, López Valdés apontou como principais causas dos problemas atuais a “falta de manutenção” acumulada e a “falta de regulação” do sistema elétrico.

Por isso, anunciou que o plano de manutenção terá um “grande alcance” e será crucial para prolongar a vida útil da planta.

A decisão ocorre após reiteradas falhas que deixaram o país em apagões gerais e expuseram a fragilidade do Sistema Elétrico Nacional.

O ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, explicou que se investiga a causa da mais recente saída inesperada da Guiteras, enquanto destacou o esforço dos trabalhadores da UNE na restauração parcial do serviço elétrico após o apagão nacional. Assegurou ainda que nenhuma central foi danificada como consequência da queda.

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A paralisação da Guiteras, a maior central termoelétrica do país, representa um duro golpe para a já precária geração elétrica da ilha.

Especialistas apontam que, sem esta planta em funcionamento, a rede dependerá de unidades menores, instáveis e com histórico de falhas constantes, o que prevê um cenário de apagões prolongados durante meses.

O governo apresentou a medida como parte de um programa mais amplo de recuperação do Sistema Elétrico Nacional, que contempla intervenções em cinco termoelétricas este ano com o objetivo de “melhorar a eficiência e a confiabilidade”.

No entanto, a falta de investimentos sustentáveis e o deterioro geral das plantas levantam dúvidas sobre os resultados a médio prazo.

Para os cidadãos, o anúncio não é mais do que a confirmação de que a crise energética continuará se agravando.

A paralisação de seis meses da Antonio Guiteras ameaça afundar ainda mais a vida cotidiana dos cubanos, marcada por apagões, escassez e o colapso dos serviços básicos.

O próprio governo reconheceu que a situação do sistema elétrico é “dura” e que a termoelétrica Antonio Guiteras terá que interromper suas operações nos próximos meses para receber manutenção, o que prevê maiores impactos.

Na última quarta-feira, a Guiteras saiu automaticamente de serviço devido a um sinal falso de vapor superaquecido na caldeira.

Essa falha pontual ativou o esquema automático de proteção do bloco térmico e provocou o colapso total do SEN, deixando toda a ilha sem serviço elétrico por mais de 24 horas.

Foi o quinto apagão nacional em menos de um ano e o segundo em 2025, o que evidencia o deterioramento progressivo do sistema sob controle estatal.

Perguntas Frequentes sobre a Termelétrica Antonio Guiteras e a Crise Energética em Cuba

Por que a termoelétrica Antonio Guiteras ficará inativa durante seis meses?

A termelétrica Antonio Guiteras estará inativa durante seis meses para a realização de uma manutenção capital. Essa decisão se deve à falta de manutenção acumulada e à ausência de regulação do sistema elétrico, o que tem causado falhas e interrupções repetidas no fornecimento de energia no país. A manutenção visa prolongar a vida útil da planta e melhorar sua eficiência.

Como afetará a parada da Guiteras o fornecimento de eletricidade em Cuba?

A parada da Guiteras, sendo a maior central termoelétrica de Cuba, representará um duro golpe para a geração elétrica do país, que já é precária. Sem esta planta, a rede dependerá de unidades menores e instáveis, o que prevê apagões prolongados durante meses.

Quais medidas o governo cubano está tomando para melhorar a crise energética?

O governo cubano anunciou um programa de recuperação do Sistema Elétrico Nacional, que inclui intervenções em cinco termelétricas este ano para melhorar a eficiência e a confiabilidade. No entanto, a falta de investimentos sustentados e o deterioro geral das plantas levantam dúvidas sobre os resultados a médio prazo.

Quais são as principais causas da crise elétrica em Cuba?

As principais causas da crise elétrica em Cuba incluem o déficit de capacidade de geração, a falta de financiamento e a obsolescência tecnológica. Além disso, a escassez de combustível e os problemas nas centrais elétricas agravaram a situação, sem soluções imediatas claras.

Qual é o impacto da situação energética na vida diária dos cubanos?

A situação energética em Cuba afeta gravemente a vida diária dos cubanos, com apagões prolongados que dificultam o cotidiano. Isso inclui a interrupção de serviços básicos, problemas na conservação de alimentos e um impacto negativo no bem-estar geral da população.

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