O governo cubano considera restabelecido o Sistema Elétrico Nacional

O Ministério de Energia e Minas informou que todas as províncias estão conectadas.

Manuel Marrero CruzFoto © X / Ministério de Energia e Minas

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O Governo cubano acaba de anunciar que considera restabelecido o Sistema Elétrico Nacional (SEN), apesar das denúncias nas redes sociais de usuários que continuam sem serviço, após o colapso total que, na quarta-feira, deixou toda a Ilha às escuras.

O Ministério de Energia e Mineração de Cuba informou que já está restabelecido o sistema e que todas as províncias estão conectadas.

O país ficou mais de 24 horas sem eletricidade, especificamente, 28 horas.

O desastre começou às 9:14 da manhã de quarta-feira, quando a central termoelétrica Antonio Guiteras, a maior do país, saiu inesperadamente de serviço, provocando a queda total do SEN.

A planta matancera ainda não começou a funcionar.

De acordo com as informações oficiais, conseguiu-se restabelecer a unidade 6 da central Mariel, mas nada foi dito sobre a Guiteras.

Nesta quinta-feira, as diferentes províncias foram se reconectando paulatinamente ao sistema.

A última informação a respeito do Ministério da Energia e Minas reportava a reincorporação de Artemisa, Granma e Guantánamo.

Só faltava Pinar del Río.

Captura do Facebook / Unión Eléctrica UNE

Este é já o quinto apagão nacional em menos de um ano e o segundo de 2025, um recorde que ilustra a incapacidade do governo em garantir um serviço elétrico estável.

Desde 2024, a Guiteras colapsou em várias ocasiões, além de falhas em subestações, linhas de transmissão e o impacto de fenômenos naturais, como o furacão Rafael.

Apesar dos discursos oficiais que celebram a reconexão das províncias, a realidade é que o povo continua mergulhado na incerteza.

Para a população, cada apagão significa a perda de alimentos, eletrodomésticos danificados e a desconexão digital em um país já marcado pelo isolamento.

A infraestrutura energética obsoleta, a falta de investimento e a dependência de soluções improvisadas condenam milhões de cubanos a viver entre apagões e promessas não cumpridas.

A crise energética cubana tornou-se um símbolo do deterioro estrutural do sistema sob controle estatal.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Por que ocorreu o último blackout geral em Cuba?

O último apagão geral em Cuba, ocorrido em 10 de setembro de 2025, foi causado pela saída inesperada da central termoelétrica Antonio Guiteras. Essa falha inesperada provocou a queda total do Sistema Elétrico Nacional (SEN), deixando toda a ilha sem eletricidade. A fragilidade do sistema e a falta de manutenção têm sido fatores recorrentes nesses eventos.

Quantos apagões nacionais Cuba tem sofrido recentemente?

Cuba passou por cinco apagões nacionais em menos de um ano, refletindo a precariedade do Sistema Elétrico Nacional. Esses eventos foram causados por falhas em infraestruturas obsoletas, falta de manutenção e condições meteorológicas adversas.

Qual é o estado atual do Sistema Elétrico Nacional em Cuba?

Embora o governo cubano tenha anunciado a reconexão do Sistema Elétrico Nacional, a realidade é que o sistema continua sendo frágil e instável. Províncias como Pinar del Río e partes do Oriente continuam a experimentar cortes de eletricidade, e a infraestrutura energética obsoleta continua sendo um problema crítico.

Quais medidas está tomando o governo cubano para resolver a crise energética?

O governo cubano tem tentado implementar "microssistemas" elétricos e projetos solares para mitigar os efeitos da crise energética. No entanto, esses esforços não resolveram o problema estrutural subjacente, que continua a ser a obsolescência tecnológica e a falta de investimentos adequados no setor energético.

Como a crise energética afeta a população cubana?

A crise energética em Cuba tem um impacto significativo na vida diária da população. Cada apagão significa a perda de alimentos, eletrodomésticos danificados e a desconexão digital, exacerbando a sensação de isolamento e frustração em um país já marcado por dificuldades econômicas e sociais.

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