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O governante cubano Miguel Díaz-Canel reapareceu nesta quarta-feira em sua conta no X, após horas de silêncio em meio a um novo apagão geral que deixou todo o país às escuras, para garantir que “se está trabalhando arduamente” na reconexão do sistema elétrico.
“Em todo o país, está-se trabalhando arduamente para reconectar o sistema elétrico nacional. Já se está chegando com energia às termelétricas para desencadear todo o processo. Cada província toma suas medidas, como já se sabe fazer. A informação ao nosso povo melhorou”, escreveu o mandatário.
Silêncio em plena crise
A publicação chegou após Díaz-Canel ter sido criticado por "desaparecer" durante as primeiras horas do colapso, limitando-se a escrever sobre os bombardeios em Gaza enquanto milhões de cubanos enfrentavam a falta de eletricidade e a incerteza. O contraste reavivou o descontentamento cidadão pela desconexão do líder com os problemas internos.
Quinto apagão nacional em menos de um ano
Cuba registrou nesta quarta-feira seu quinto apagão geral em menos de um ano, reflexo da fragilidade do Sistema Elétrico Nacional (SEN). O corte ocorreu às 9h14 da manhã, quando a termoelétrica Antonio Guiteras, a mais importante do país, saiu inesperadamente de serviço, provocando a queda total do SEN.
O histórico recente é eloquente:
18 de outubro de 2024: Apagão geral devido a falha na Guiteras.
6 de novembro de 2024: Desconexão total durante a passagem do furacão Rafael.
4 de dezembro de 2024: Nova queda devido a falha na Guiteras.
14 de março de 2025: Colapso devido a falha na subestação de Diezmero, em Havana.
10 de setembro de 2025: Última queda de energia nacional após saída imprevista da Guiteras.
Apenas alguns dias antes, no dia 7 de setembro, outra falha deixou as províncias orientais sem eletricidade, desde Las Tunas até Guantánamo, o que demonstra a frequência e a intensidade crescentes dos apagões em massa.
Um sistema colapsado
A UNE (Unión Eléctrica de Cuba) reconheceu que a maioria das usinas do país acumula mais de 40 anos de operação sem manutenção de capital, com uma infraestrutura obsoleta, déficit de combustível e investimentos mínimos. A crise energética tornou-se um problema estrutural que afeta a vida cotidiana dos cubanos e que o governo não consegue resolver.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba e a gestão de Díaz-Canel
Quantas quedas de energia geral Cuba sofreu no último ano?
Cuba sofreu cinco apagões gerais em menos de um ano. Esses eventos refletem a fragilidade do Sistema Elétrico Nacional (SEN) e a incapacidade do regime para resolver uma crise que afeta a vida cotidiana de milhões de pessoas.
Qual é a principal causa dos apagões em Cuba?
A principal causa dos apagões é a obsolescência e falta de manutenção das usinas termelétricas, especialmente a Antonio Guiteras, que saiu do sistema em múltiplas ocasiões. A infraestrutura envelhecida e o déficit de combustível agravam a situação.
Que medidas o governo cubano anunciou para mitigar a crise elétrica?
O governo anunciou projetos de energia solar e sistemas de baterias, embora esses contrastem com a realidade dos apagões e a dependência de usinas térmicas obsoletas. Também foram mencionados planos de reparo e manutenção das termoelétricas, mas não foram observadas melhorias significativas.
Como a população cubana reagiu à gestão de Díaz-Canel durante os apagões?
A população reagiu com indignação e críticas a Díaz-Canel, acusando-o de insensibilidade e de estar desconectado dos problemas reais. Muitos cubanos expressam sua frustração nas redes sociais, questionando a falta de soluções eficazes e a desconexão do regime com a realidade do povo.
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