Governo cubano pede que se aguarde antes de conectar equipamentos após apagão geral

O apagão em Cuba, causado por falhas na CTE Antonio Guiteras, expõe a crise energética. O governo alerta sobre os riscos ao reconectar equipamentos devido à instabilidade elétrica.

Apagão em CubaFoto © CiberCuba/Sora

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Após o apagão nacional que deixou toda Cuba sem eletricidade nesta quarta-feira, o governo solicitou à população que desconectasse os eletrodomésticos e aguardasse antes de reconectá-los, alertando que a restauração do serviço poderia ser instável e causar danos aos equipamentos.

En Facebook, o grupo próximo ao regime “Soy Villa Clara” divulgou recomendações à população:

Desconectar todos os aparelhos eletrodomésticos durante a interrupção.

Esperar vários minutos antes de reconectá-los quando a eletricidade voltar.

Conectá-los um a um para evitar sobrecargas.

Abstenha-se de usá-los se houver oscilações de voltagem, até que o serviço se estabilize.

Publicação do Facebook/Sou Villa Clara

Uma crise energética sem solução

La União Elétrica (UNE) explicou que a queda do sistema se deveu à saída imprevista da CTE Antonio Guiteras, a mesma causa por trás de apagões massivos em ocasiões anteriores. O dia já previa um impacto de 1.790 MW, reflexo do profundo déficit de geração.

Este colapso é o segundo apagão nacional de 2025, após o registrado em março por uma avaria na subestação do Diezmero. Apenas alguns dias antes, a região oriental havia ficado totalmente às escuras.

Raízes do colapso

As autoridades reconhecem que muitas usinas térmicas superam os 40 anos de exploração sem receber a manutenção necessária. A isso se somam a obsolescência tecnológica, a escassez de combustível e a falta de investimento, fatores que têm transformado os apagões em uma rotina para milhões de cubanos.

A população, atingida pela instabilidade, enfrenta não apenas a falta de eletricidade, mas também o risco de perder seus eletrodomésticos diante de um sistema que, longe de se estabilizar, apresenta sinais de um colapso estrutural.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Qual é a principal causa dos apagões em Cuba?

A principal causa das quedas de energia em Cuba é a saída imprevista da termoelétrica Antonio Guiteras, uma das maiores e mais importantes do país, somada ao envelhecimento e à falta de manutenção das plantas térmicas. Isso é agravado pela escassez de combustível e pela falta de investimento no sistema elétrico.

Quais recomendações o governo cubano deu após o apagão geral?

O governo cubano recomendou à população desconectar os eletrodomésticos durante a interrupção do fornecimento de energia elétrica, aguardar vários minutos antes de reconectá-los assim que a eletricidade retornar, conectar os aparelhos um a um para evitar sobrecargas e abster-se de usá-los se perceber oscilações de tensão.

Qual é o impacto da crise energética na vida cotidiana dos cubanos?

A crise energética em Cuba afeta gravemente a vida cotidiana dos cidadãos, provocando a perda de alimentos devido à falta de refrigeração, interrupções no acesso à água e às comunicações, e condições insuportáveis de calor. Além disso, gera uma profunda frustração e desconfiança na capacidade do governo de resolver o problema.

Existem soluções de curto prazo para a crise energética em Cuba?

Não há soluções claras de curto prazo para a crise energética em Cuba. Embora o governo mencione projetos de energia solar e sistemas de baterias, a realidade é que o sistema elétrico continua a depender de usinas térmicas obsoletas e sem peças de reposição, o que dificulta uma melhoria rápida da situação.

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