Este terça-feira estava programada uma audiência chave no tribunal de Miami pelo assassinato do reguetonero cubano José Manuel Carbajal Zaldívar, conhecido como El Taiger, mas foi adiada para 15 de outubro.
Isso também implica um novo atraso no início do julgamento, que estava previsto para setembro.
O adiamento, cuja causa não foi especificada pela imprensa local, acendeu a preocupação de Teresa Padrón, ex-manegeadora e amiga íntima do artista, que lamentou a falta de avanços no caso.
“Não há nada, não estão fazendo entrevistas com os testemunhas; na verdade, não vejo nenhum tipo de preparação para o julgamento. Eu acredito que eles vão continuar prorrogando isso”, declarou à Telemundo 51.
"Não sei o que está acontecendo de fato, mas eu espero e peço a Deus que eles se acertem em breve, e que o julgamento comece logo”, acrescentou.
Padrón, que tem acompanhado de perto o clamor por justiça desde a morte do cantor, advertiu ainda que receia que a promotoria e a defesa cheguem a um acordo que reduza a pena do acusado, um temor que já manifestou também em entrevistas anteriores.
“Eu espero que não cheguem a um acordo que acabe beneficiando o responsável”, concluiu, sublinhando que seu desejo é que a pena máxima seja imposta caso a culpabilidade seja comprovada.
Este mesmo terça-feira, o jornalista de Univision, Javier Díaz, explicou como podem proceder aqueles que desejam assistir ao julgamento pela morte de El Taiger.
Um compromisso que não se detém
No dia 10 de agosto, ao completar dez meses de morte de El Taiger, Teresa Padrón publicou uma mensagem emocionante no Instagram na qual renovou seu compromisso com a busca por justiça e reiterou o quanto sente falta do cantor:
“Hoje compreendo muito… sem entender nada. Dez meses, como o tempo passou rápido, irmão, quanta tristeza a sua ausência! Às vezes a vida pesa sobre mim e sinto que não aguento mais, mas lembro que Deus te colocou no meu caminho por um propósito, e isso me dá forças para continuar. Minha luta por você não acabou, porque sua memória vive em cada verdade que defendo; continuarei pedindo justiça por você até que se cumpra. Sinto sua falta mais do que as palavras podem expressar. Sua ausência é grande, mas sua presença no meu coração sempre estará. SEMPRE JOSÉ. JUSTIÇA PARA JOSÉ”, escreveu.
Um julgamento que permanece em suspenso
O adiamento da audiência também retarda o julgamento, que originalmente deveria começar em 15 de setembro.
Se espera que na próxima audiência judicial o juiz determine uma nova data para o início do processo contra Damian Valdes Galloso, acusado de homicídio em primeiro grau.
De acordo com a investigação, no dia 3 de outubro de 2024, Valdes Galloso teria disparado contra El Taiger, causando feridas que resultaram em sua morte uma semana depois.
A versão do acusado e a posição da acusação
Em um interrogatório realizado em Nova York, o acusado afirmou que na madrugada dos fatos, o cantor chegou à sua casa acompanhado de outra pessoa e lhe pediu dinheiro. Segundo seu relato, ele se ausentou por alguns minutos e, ao retornar, o encontrou ferido no chão.
O acusado não apenas negou ter cometido o assassinato, mas também fez graves acusações contra a polícia de Miami, sugerindo que um agente estaria envolvido nos acontecimentos.
Teresa Padrón expressou indignação com a atitude de Damian Valdez Galloso durante o interrogatório.
“Me dá muita raiva. E não consigo ver isso completo porque me dá muita, muita raiva, porque não consigo acreditar que uma pessoa possa rir assim…” Você tirou a vida daquele homem que você diz que comia na sua casa e que era seu irmão”, apontou em declarações recentes à Univision.
A promotoria, no entanto, afirma que existem vídeos do momento do ataque e que Valdes Galloso é o único suspeito. Se for considerado culpado, ele pode enfrentar pena de prisão perpétua.
Enquanto isso, familiares, amigos e seguidores do reguetonero continuam atentos ao processo, temendo que tantos adiamentos acabem diluindo a justiça que reivindicam.
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