Um falecido em trágico acidente na Vía Blanca: Isso é o que se sabe sobre o ocorrido

O acidente ocorreu neste sábado.


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Este sábado, um acidente de trânsito na Vía Blanca, próximo à Ponte do Itabo, em Havana del Este, provocou a morte de um motociclista, de acordo com relatos nas redes sociais.

Captura do Facebook/Acidentes de Ônibus e Caminhões

O condutor envolvido, supostamente ao volante de um caminhão que circulava em alta velocidade, fugiu, precisou nas redes o portal de notícias La Tijera.

O falecido (Foto: La Tijera)

Segundo vários testemunhas, o fato ocorreu entre as 20:00 e 21:00, e não de madrugada como foi informado inicialmente. Embora outras fontes achem que poderia ter sido até um pouco mais cedo.

Captura de Facebook/La Tijera

De acordo com vizinhos e transeuntes, a vítima ficou caída no asfalto, coberta com um nylon preto e rodeada de pedras e galhos de plantas, enquanto agentes policiais e a Guarda Operativa asseguravam a cena.

Fonte: Facebook/La Tijera

Alguns testemunhas relatam que, quando passaram pelo local mais cedo, o acidente ainda não havia ocorrido, e que o trecho estava em penumbra, com “tremenda escuridão” e sem iluminação suficiente.

Outros contribuíram com detalhes sobre o que foi encontrado no local: pertences pessoais, um chapéu de yarey, frascos de creme e artigos infantis.

Isso gerou conjecturas sobre se a vítima estava viajando acompanhada ou transportava pertences de um menor. No entanto, tal detalhe não pôde ser esclarecido.

Testemunhos encontrados e debate sobre responsabilidades

A indignação generalizada pela fuga do motorista se mistura com opiniões divididas sobre as causas.

Uma vizinha apontou que "os caminhões neste período de verão estão proibidos de transitar pela Vía Blanca, salvo autorização expressa", e denunciou que a resolução correspondente nem sempre é cumprida.

Outros, em contrapartida, sugeriram que o caminhoneiro pode não ter percebido o impacto, especialmente se a moto era elétrica e não tinha luzes traseiras.

“Muitos dos que conduzem motos elétricas não sabem nada sobre leis de trânsito, muitos mesmo”, comentou uma motorista habitual da região, embora tenha reconhecido que o mínimo a se fazer é parar e prestar auxílio.

Diante dessa postura, houve respostas de forte rejeição.

“Onde você deixa o caminhoneiro que sabe que colidiu e fugiu... deixou-o jogado na estrada sem vida, como se tivesse atropelado um animal”, expressou outro depoimento.

O debate também evidenciou o choque de percepções entre motoristas de veículos pesados e motociclistas, com reproches mútuos sobre imprudências.

O impacto humano e a indignação cidadã

A notícia gerou um forte mal-estar social, acompanhado de mensagens de dor e raiva.

“Isso é devastador… me destruiu ver como o deixaram jogado ali”, relatou uma pessoa que passou pelo local pouco depois do ocorrido.

Várias vozes exigiram que o responsável tenha a licença retirada para sempre e que se envie uma mensagem contundente contra a crescente tendência de “atropelar e fugir”.

A escuridão, o mau estado das estradas, a ausência de sinalização e o excesso de velocidade na área foram apontados como fatores que agravam o risco.

Para muitos, o fato não reflete apenas uma tragédia individual, mas uma combinação de negligência, falta de controle e deterioração das condições das estradas.

“É sempre necessário socorrer”, afirmou um vizinho, convencido de que não há justificativa para abandonar uma pessoa ferida.

As vozes concordam que, além da sanção penal, o fato deve abrir um debate sobre o respeito às normas de trânsito, a responsabilidade dos condutores e a necessidade de reforçar a iluminação e a sinalização em trechos perigosos.

Como advertiu uma das pessoas que comentou a notícia: “Hoje foi alguém que não conhecemos... amanhã poderia ser um familiar nosso”.

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