Um total de 125 toneladas de leite em pó provenientes de Barbados foram doadas a Cuba para apoiar a nutrição de crianças menores de seis anos nas províncias orientais do país.
O mais recente carregamento, de 75 toneladas, chegou na sexta-feira, e se soma a entregas anteriores iniciadas em outubro de 2024.
"Esta entrega se soma às doações realizadas desde outubro, totalizando 125 toneladas distribuídas nas províncias orientais do país, afetadas por fenômenos meteorológicos", precisou um relatório veiculado pela televisão estatal.
A doação foi formalmente recebida em uma cerimônia na sede do Ministério da Indústria Alimentar (MINAL), com a participação do vice-ministro primeiro Javier Aguiar Rodríguez, da embaixadora de Barbados em Cuba, Sharon Milagro Marschall, e de membros do Ministério do Comércio Exterior e da Investimento Estrangeiro (MINCEX).
No ato, Aguiar agradeceu em nome do governo e do povo cubano o gesto solidário do Governo barbadense, destacando seu valor tanto material quanto simbólico.
"Este donativo contribui diretamente para a alimentação das nossas crianças em áreas vulneráveis do leste cubano, afetadas por fenômenos meteorológicos recentes", destacou.
Também recordou que Barbados foi um dos primeiros países da Comunidade do Caribe (CARICOM) a estabelecer relações diplomáticas com Cuba, em 1972, em meio ao embargo econômico dos Estados Unidos.
Segundo o MINAL, a proposta de destinar o leite aos menores de zero a seis anos foi aprovada pelos ministérios da Economia e do Comércio Interior.
O objetivo é mitigar os efeitos da falta de suprimentos que afeta com especial severidade as regiões orientais do país.
Por sua parte, a embaixadora Marschall expressou que a entrega é uma "mostra tangível do apoio do povo e do governo de Barbados ao povo cubano", que ela qualificou como vítima de "pressões externas" por mais de seis décadas.
"Confiamos que esta pequena amostra consiga ter um impacto positivo e contribua para aliviar as dificuldades de pessoas vulneráveis", acrescentou a diplomata.
Cuba atravessa uma profunda crise econômica que se agravou nos últimos anos, marcada pela escassez crônica de alimentos, medicamentos e combustíveis, uma inflação persistente e apagões diários cada vez mais longos.
Em fevereiro passado, o governo cubano solicitou pela primeira vez assistência oficial ao Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), diante da impossibilidade de garantir a entrega de leite a crianças com menos de sete anos.
A doação de Barbados é recebida como um alívio parcial em meio a esta complexa conjuntura, especialmente em áreas do leste cubano onde a vulnerabilidade social se intensificou.
Perguntas Frequentes sobre a Doação de Leite em Pó a Cuba a partir de Barbados
Quantas toneladas de leite em pó foram doadas a Cuba por Barbados?
Um total de 125 toneladas de leite em pó foram doadas a Cuba por Barbados para apoiar a nutrição de crianças com menos de seis anos nas províncias orientais do país. Este número inclui um carregamento recente de 75 toneladas que chegou em julho de 2025.
Qual é o objetivo principal da doação de leite em pó de Barbados a Cuba?
O objetivo principal da doação é apoiar a nutrição de crianças com menos de seis anos nas províncias orientais de Cuba, especialmente naquelas afetadas por fenômenos meteorológicos recentes. Além disso, busca mitigar os efeitos da falta de suprimentos que afeta essas regiões.
Como é distribuído o leite em pó doado em Cuba?
La leche en polvo donada por Barbados se distribuye en las provincias orientales de Cuba, focalizando-se em crianças de zero a seis anos. Esta decisión fue aprobada por los ministerios de Economía y de Comercio Interior, con el fin de enfrentar la escasez de alimentos que afecta especialmente a estas zonas.
Quais desafios Cuba enfrenta em relação ao leite em pó e outros produtos básicos?
Cuba enfrenta um grave desabastecimento de produtos básicos, incluindo o leite em pó. As causas incluem uma crise econômica agudizada pela escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis, inflação persistente e apagões prolongados. A dolarização parcial da economia agravou as desigualdades no acesso a produtos essenciais.
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