A falta de eletricidade levou dezenas de vizinhos do Diezmero, no município de San Miguel del Padrón, a fechar uma de suas ruas nesta sexta-feira, como medida de protesto após permanecem cinco dias consecutivos sem luz devido a uma avaria em um transformador.
A manifestação, que ganhou destaque em perfis de redes sociais como o de La Tijera, reflete o crescente descontentamento diante da crise energética que o país enfrenta.
Nossas crianças estão em provas finais e não puderam ir à escola porque não há condições em casa”, denunciou uma mãe durante a protesto.
Os vizinhos relataram também a perda de alimentos devido à falta de refrigeração, o que agrava ainda mais a já complexa situação alimentar de muitas famílias. “A comida estragada, as crianças não podem ir à escola. Bloqueamos a rua para ver se assim nos ouvem”, declarou uma das manifestantes.
Famílias afetadas afirmaram que, após o início do protesto, a Empresa Elétrica apareceu no local com um transformador novo.
Este episódio não é isolado. O cansaço diante das quedas de energia ganhou força em Havana, onde os apagões se tornaram mais prolongados, desorganizados e frequentes.
A população enfrenta dificuldades crescentes para conservar alimentos, descansar durante a noite ou estudar, em meio a temperaturas elevadas e sem perspectivas de melhora.

A Empresa Elétrica de Havana declarou que as quedas de luz são uma medida de emergência para equilibrar o déficit de geração no SEN e que as interrupções são realizadas de maneira equitativa entre os diferentes blocos.
No entanto, muitos cidadãos denunciam a falta de coerência e transparência na gestão dos cortes de energia. Além disso, incidentes como a quebra de transformadores prolongam o tempo de apagões.
As autoridades têm tentado promover o uso de fontes de energia renovável e a eficiência energética, mas os resultados têm sido mínimos frente ao colapso estrutural do sistema.
A falta de investimento em infraestruturas e a dependência de combustíveis fósseis continuam sendo obstáculos significativos para resolver a crise energética de forma eficaz.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba e os apagões em Havana
Por que há tantos apagões em Cuba, especialmente em Havana?
A crise energética em Cuba se deve principalmente a um déficit de geração elétrica, causado pela falta de manutenção das usinas termelétricas, escassez de combustível e uma infraestrutura obsoleta. Em Havana, os apagões se intensificaram devido à incapacidade do Sistema Elétrico Nacional (SEN) em atender à demanda, o que obrigou à implementação de cortes prolongados e desorganizados.
Como a falta de eletricidade afeta a vida diária dos cubanos?
A falta de eletricidade impacta negativamente em diversos aspectos da vida diária dos cubanos. As interrupções constantes dificultam a conservação de alimentos, o descanso noturno e atividades educativas. Além disso, afetam a saúde, uma vez que muitos equipamentos médicos dependem de um fornecimento elétrico estável. As altas temperaturas agravam a situação, aumentando a frustração da população.
Quais medidas o governo cubano tomou para enfrentar a crise energética?
O governo cubano tem tentado promover o uso de fontes de energia renovável e a eficiência energética, mas os resultados têm sido mínimos. Também foram implementados cortes de eletricidade programados e de emergência para equilibrar o déficit de geração. No entanto, a falta de investimento em infraestruturas e a dependência de combustíveis fósseis continuam sendo obstáculos significativos para resolver a crise de maneira eficaz.
Qual é a resposta dos cidadãos diante dos apagões em Cuba?
A resposta dos cidadãos diante dos apagões tem sido de frustração e indignação. Surgiram protestos em diferentes partes do país, especialmente em Havana, onde os residentes têm manifestado seu descontentamento fechando ruas e expressando seu desagrado nas redes sociais. A falta de coerência e transparência na gestão dos cortes elétricos aumentou a desconfiança em relação ao governo e às instituições responsáveis.
Arquivado em: