Israel assegura ter concluído sua maior ofensiva contra o Irã

Israel concluiu sua maior ofensiva contra o Irã, com 50 aviões lançando mais de 100 munições sobre alvos militares. Os ataques deixaram mais de 400 mortos no Irã, enquanto os EUA também bombardearam.

Bombardeio ao IrãFoto © Collage capturas X / @Carlosluisd1

O Exército israelense afirmou nesta segunda-feira ter concluído sua ofensiva “mais extensa” sobre o Irã desde que começou o conflito em 13 de junho passado, o que representa um novo e contundente episódio da guerra regional.

O porta-voz militar israelense, Effie Defrin, informou em uma coletiva à imprensa que 50 aviões de combate lançaram mais de 100 munições contra diversos alvos militares em território iraniano, em uma operação que descreveu como “a onda de ataques mais ampla realizada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) em Teerã”, relatou a agência EFE.

Entre os alvos atacados estão a sede do Basij —grupo paramilitar vinculado à Guarda Revolucionária—, o quartel-general dessa organização, a prisão de Evin, que abriga numerosos prisioneiros políticos, e as vias de acesso à usina nuclear de Fordo.

A ofensiva israelense ocorre após vários dias de bombardeios contra instalações militares e nucleares no Irã, como Natanz e Isfahan, além do assassinato de altos comandantes da Guarda Revolucionária e cientistas vinculados ao programa nuclear iraniano.

Desde o início dos ataques, Israel tem apontado como justificativa os avanços de Teerã no desenvolvimento de mísseis balísticos e seu programa nuclear.

As autoridades iranianas relataram mais de 400 pessoas falecidas devido aos bombardeios, a maioria civis, incluindo pelo menos 54 mulheres e crianças.

Por sua parte, em Israel são contabilizados 24 mortos, todos civis, como consequência dos mísseis lançados pelo Irã em represália.

Além disso, em meio a essa escalada, os Estados Unidos se envolveram diretamente na guerra ao bombardar as três principais instalações nucleares iranianas —Natanz, Fordo e Isfahan— durante a madrugada de domingo.

O governo dos Estados Unidos justificou sua intervenção como uma medida para frear a capacidade nuclear do Irã e evitar que consiga fabricar uma bomba atômica.

Irã, em resposta, declarou diante da ONU que sua reação será determinada por suas forças armadas e advertiu que o ataque dos Estados Unidos trará “consequências duradouras”.

Perguntas frequentes sobre o conflito entre Israel e Irã

Qual foi o objetivo principal da ofensiva israelense contra o Irã?

O objetivo principal da ofensiva israelense foi atacar instalações militares e nucleares no Irã, incluindo a sede do Basij e a usina nuclear de Fordo, para deter o avanço do programa nuclear iraniano e seus desenvolvimentos de mísseis balísticos. As forças israelenses lançaram mais de 100 munições utilizando 50 aviões de combate em uma das operações mais extensas realizadas contra Teerã.

Como o Irã tem respondido aos ataques de Israel?

Irã respondeu com ataques massivos de mísseis contra a capital de Israel, Tel Aviv, e outras cidades, em uma tentativa de represália pelos bombardeios israelenses. Esses ataques causaram danos materiais significativos e múltiplos feridos em Israel, enquanto o Irã relatou a morte de mais de 400 pessoas, na sua maioria civis, devido aos bombardeios israelenses.

Qual tem sido a participação dos Estados Unidos no conflito?

Estados Unidos interveio diretamente no conflito ao bombardear instalações nucleares iranianas como Natanz, Fordo e Isfahan. O governo americano justificou sua intervenção para conter a capacidade nuclear do Irã e evitar que o país consiga fabricar uma bomba atômica. Além disso, os EUA têm oferecido apoio a Israel na interceptação de mísseis iranianos.

Quais consequências essa escalada no conflito regional poderia ter?

A escalada do conflito pode levar a uma guerra regional em grande escala no Oriente Médio, com implicações globais devido ao impacto nos mercados de energia e à estabilidade regional. A intervenção de potências como os Estados Unidos e a contínua resposta iraniana podem intensificar a crise, aumentando o risco de mais mortes e destruição na região.

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