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Sonia Álvarez Campillo, esposa do preso político cubano Félix Navarro, denunciou que desconhece o paradeiro e o estado de saúde de seu parceiro, em meio a rumores sobre uma possível internação no Hospital Militar de Matanzas.
Navarro, de 70 anos, tem antecedentes de diabetes. Na prisão, seu estado de saúde é muito delicado há várias semanas, o que tem deixado Sonia muito preocupada, pois a Segurança do Estado não permite que ela veja seu esposo.
Em declarações oferecidas à Martí Notícias, Sonia comentou que no dia 30 de maio Navarro foi transferido para o hospital de Colón, onde foram realizados exames de raios X, uma ultrassonografia e ele foi avaliado por um médico. A informação foi comunicada a ela por uma amiga que presenciou o momento em que agentes penitenciários levaram o opositor ao centro de saúde.
“A mim chegou que o Félix havia sido transferido para o Hospital em Matanzas e ainda não sei de nada, porque falei com o da Segurança do Estado e ele me disse que o Félix permanece na prisão Agüica”, declarou Sonia.
A Dama de Blanco também se apresentou nos hospitais para buscar informações sobre seu esposo, mas não obteve nenhum resultado.
“Neste momento, venho de Colón e há uma doutora que trabalha na sala C do hospital que estava fazendo comentários na rua... Embora não tenha dito o nome do preso, ela mencionou que o preso foi transferido para o Hospital Militar de Matanzas por ter problemas em um pulmão”, acrescentou a ativista.
"Eu fui três vezes à prisão, não me deixaram vê-lo, não me deram uma ligação com ele. Eu deixei bem claro que, até eu falar com o Félix, vou continuar dizendo que ele está mal", afirmou preocupada Sonia.
Félix Navarro é líder do Partido pela Democracia Pedro Luis Boitel. Foi condenado a nove anos de prisão após os protestos de 11 de julho de 2021, pelos supostos delitos de atentado e desordem pública. Havia sido libertado em janeiro como parte das conversas entre o regime cubano e o Vaticano, mas foi detido novamente em 29 de abril.
De acordo com relatórios do centro de assessoria jurídica Cubalex, Navarro pode ter sido exposto deliberadamente a um vírus durante sua reclusão na enfermaria do presídio, onde permaneceu vários dias sem justificativa médica aparente.
Diversas organizações internacionais e defensores dos direitos humanos têm reclamado pela liberação imediata de Navarro, denunciando que suas condições de saúde são incompatíveis com as precárias condições do sistema penitenciário cubano, marcado pela superlotação, alimentação deficiente e falta de atendimento médico adequado.
Perguntas frequentes sobre a situação de Félix Navarro e os presos políticos em Cuba
Qual é o estado de saúde de Félix Navarro?
Félix Navarro encontra-se em estado crítico de saúde na prisão de máxima segurança de Agüica, em Matanzas. Sua esposa, Sonia Álvarez Campillo, expressou preocupação por seu estado devido a antecedentes de diabetes e problemas pulmonares que podem ter sido agravados por condições inadequadas na prisão.
Por que Félix Navarro foi preso novamente?
Félix Navarro foi preso por supostas violações de sua liberdade condicional, segundo o regime cubano. Alegam que ele saiu de seu município sem autorização, o que levou ao seu retorno à prisão. No entanto, organizações de direitos humanos denunciam que sua detenção é parte de uma estratégia de repressão política sistemática contra os opositores em Cuba.
Que ações estão tomando as organizações internacionais em relação a Félix Navarro?
Diversas organizações internacionais exigiram a liberação imediata de Félix Navarro e outros prisioneiros políticos em Cuba. Elas denunciaram as condições desumanas nas prisões cubanas e a falta de atenção médica adequada, instando a comunidade internacional a pressionar o regime cubano para garantir os direitos humanos dos detidos.
Qual é a situação de outros presos políticos em Cuba?
A repressão contra os presos políticos em Cuba continua sendo severa. Muitos enfrentam condições extremas de encarceramento, falta de atenção médica e severas restrições às suas comunicações. Organizações documentaram mais de 1.150 presos políticos, embora se estime que o número real possa ser maior devido à opacidade do sistema penitenciário cubano.
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