Ana de Armas parece estar protagonizando seu papel mais ambíguo fora da tela: o de mulher presa entre as luzes de Hollywood e as sombras do poder cubano.
As recentes imagens ao lado de Tom Cruise após a festa de 50 anos de David Beckham não apenas alimentam rumores amorosos, mas também semeiam a suspeita de um movimento estratégico —ou emocional— com implicações midiáticas e políticas.
Vestidos para passar despercebidos, mas capturados como em um thriller de paparazzis, Ana e Tom deixaram juntos a festa em Londres, o que deu nova energia à imprensa internacional para falar sobre “o novo casal sensação de Hollywood”.
Pero em Cuba e na diáspora, as perguntas tomam um rumo distinto: o que aconteceu com Manuel Anido Cuesta, o reservado enteado e suposto assessor do governante Miguel Díaz-Canel? É esta uma ruptura silenciosa, ou Ana joga em dois territórios muito distintos?
Uma trama que se complica
Desde fevereiro, os sinais de aproximação entre De Armas e Cruise têm sido constantes. Dia dos Namorados em Londres, passeios por parques britânicos, chegada de helicóptero privado em Nova Iorque... Não parecem simples coincidências.
No entanto, até há poucos meses, Ana continuava ligada sentimentalmente a Manuel Anido, com quem foi vista jantando em restaurantes de luxo em Madrid. E embora ela nunca tenha oficializado essa relação, sua mera proximidade com um membro da família de Díaz-Canel já gerava controvérsia.
Ana, uma das estrelas hispano-cubanas mais conhecidas da tela grande, não fez declarações públicas sobre a ditadura em Cuba. No entanto, manter um relacionamento com Anido, e agora flertar com Cruise —símbolo do star system estadunidense— coloca sua figura em um terreno delicado.
Romance ou estratégia?
Cruise, por sua vez, também não escapa do foco. Sabe-se que está desenvolvendo um novo filme e quer que Ana seja sua protagonista. Mas será que é só isso?
O ator foi visto com ela em contextos íntimos e descontraídos que pouco têm a ver com uma audição ou uma leitura de roteiro. Além disso, segundo meios como Daily Mail, ele não só a considera uma das melhores atrizes de sua geração, mas está "decidido" a tê-la ao seu lado, no cinema e... talvez além disso.
O detalhe de que ela viaje em seu helicóptero particular e se hospede em sua residência londrina reforça a ideia de uma conexão mais profunda. Os gestos de cumplicidade são contínuos, e embora ambos insistam em manter o silêncio, as imagens dizem tudo... e os silêncios de Ben Affleck também.
O símbolo Ana de Armas
Em meio a tudo, Ana se torna um símbolo incômodo, mas fascinante. Uma cubana que triunfa em Hollywood enquanto mantém laços pessoais — e talvez afetivos — com a elite do poder na ilha.
Sua figura, surgida dessa cantera oficialista de artistas jovens chamada La Colmenita, cristaliza contradições incômodas: máxima visibilidade e silêncio insultante, glamour e repressão, liberdade criativa e mudez política.
Está jogando com fogo ou simplesmente está seguindo seu coração, sem se importar com as manchetes? É Cruise uma fuga ou apenas um parceiro artístico com quem compartilha uma química real? E Anido? Continua lá na sombra, esperando que a tempestade midiática passe ou mantém um relacionamento aberto com a estrela?
O certo é que Ana de Armas está no centro de uma história que mistura ciúmes, poder, talento e estratégia. E, como em seus melhores filmes, ninguém sabe qual será o desfecho, e com sorte se chegará ao clímax.
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