Régimen cubano a seis anos do sequestro de médicos no Quênia: "Continuam os esforços para esclarecer sua situação"

A seis anos do sequestro de médicos cubanos no Quênia, o regime de Cuba continua sem esclarecer seu paradeiro. Culparam os EUA pela falta de informações.

Médicos cubanos sequestrados no QuêniaFoto © Prensa Latina

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O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou hoje que "continuam os esforços" para esclarecer a situação dos médicos cubanos Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández, sequestrados no Quênia pelo grupo jihadista somali Al Shabab em 2019.

El funcionário do regime lembrou na rede social X que este sábado se completam seis anos do sequestro dos médicos e assegurou que a busca por respostas conta "com a atenção e o compromisso permanentes do mais alto nível do Partido e do Governo de Cuba".

No entanto, não esclareceu quais ações foram tomadas nem qual foi a rota seguida para esclarecer os fatos, depois que o Comando da África das forças armadas dos Estados Unidos (AFRICOM) atacou em 2024 o grupo jihadista Al Shabab na área onde, supostamente, permaneciam cativos os cubanos.

Uma nota do meio oficialista Prensa Latina apresentou novamente um argumento utilizado em 2024 para culpar o governo dos Estados Unidos pela falta de clareza em relação à situação dos médicos sequestrados na cidade de Mandera, na fronteira com a Somália.

No artigo, acusou-se os EUA de não responder "nem com a urgência nem com a seriedade necessárias" após o pedido de informações sobre os médicos após um ataque ocorrido na noite de 15 de fevereiro pelo Comando da África das forças armadas dos Estados Unidos, na área onde se encontravam os médicos cubanos.

Segundo o regime, o governo dos Estados Unidos confirmou que ocorreu um ataque na área onde estavam Assel Herrera Correa e Landy RodríguezHernández, mas sem esclarecer precisamente a localização.

Em 2024, no relatório trimestral de avaliação de baixas civis, o AFRICOM reconheceu um bombardeio perto de Jilib, Somália, mas insistiu que o ataque não deixou vítimas civis, sem mencionar especificamente os médicos cubanos.

O governo cubano persiste em sua narrativa de responsabilizar os EUA, para desviar a atenção em relação à falta de transparência e de gestão eficaz por parte das autoridades cubanas neste caso. Desde o sequestro dos médicos, a resposta do regime tem sido ineficaz e marcada pela desinformação.

Os médicos cubanos em seu labirinto

Os doutores Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández foram sequestrados em 12 de abril de 2019 em Mandera, Quênia.

Ese dia, como era sua costume, se deslocavam em um comboio para o hospital de Mandera, protegidos por escoltas armados, quando foram interceptados após um tiroteio no qual faleceu um dos policiais que cuidavam de sua segurança. O motorista do automóvel que os transportava foi condenado no Quênia após ser comprovada sua cumplicidade no ataque.

Em maio de 2019, líderes tradicionais do Quênia e da Somália relataram ter visto médicos cubanos prestando serviços na região somali de Jubaland, controlada pelo Al Shabab. Os sequestradores exigiram um resgate de 1,5 milhões de dólares pela libertação dos médicos.

O contingente de médicos cubanos, ao qual pertenciam Herrera e Rodríguez, foi enviado ao Quênia em 2018 como parte de um acordo bilateral para melhorar o acesso a serviços de saúde especializados no país africano.

Os Estados Unidos realizaram várias operações militares contra Al Shabab em cooperação com o exército da Somália desde 2007.

O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou uma "guerra total" contra os jihadistas em agosto de 2022, o que intensificou os ataques aéreos do AFRICOM contra o grupo terrorista, afiliado à Al Qaeda desde 2012.

Perguntas frequentes sobre o sequestro de médicos cubanos no Quênia e a resposta do regime cubano

O que se sabe sobre o sequestro dos médicos cubanos no Quênia?

Os médicos cubanos Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández foram sequestrados no Quênia em 2019 pelo grupo jihadista somali Al Shabab. Eles foram interceptados enquanto se deslocavam para o hospital de Mandera, protegidos por escoltas armadas. Desde então, o regime cubano afirmou que continua seus esforços para esclarecer sua situação, mas não forneceu detalhes concretos sobre suas ações.

Como o regime cubano tem respondido ao sequestro dos médicos?

O regime cubano tem mantido uma narrativa de que continua os esforços para esclarecer a situação dos médicos sequestrados. No entanto, não ofereceu detalhes específicos sobre as ações realizadas nem resultados concretos. Além disso, tentou desviar a atenção culpando os Estados Unidos pela falta de informações claras sobre o caso.

Qual papel os Estados Unidos desempenharam neste caso?

Os Estados Unidos foram apontados pelo regime cubano como responsáveis pela falta de clareza na situação dos médicos devido a um ataque do Comando da África na área onde se encontravam os galenos. No entanto, Washington confirmou um ataque perto de Jilib, na Somália, sem vítimas civis. O regime cubano tem utilizado esse argumento para desviar a atenção de sua própria gestão ineficaz.

Qual tem sido a resposta internacional ao sequestro dos médicos cubanos?

A comunidade internacional manifestou sua preocupação com o sequestro dos médicos cubanos, embora não tenha havido uma ação coordenada destacada para resolver o caso. As operações militares dos Estados Unidos na região continuaram, mas não se concentraram especificamente no resgate dos médicos cubanos. O caso continua a ser um tema de tensão nas relações entre Cuba e Estados Unidos.

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