O opositor cubano José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba (UNPACU), denunciou que sua residência em Santiago de Cuba está cercada há mais de 27 horas por agentes da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e por indivíduos à paisana para impedir o trabalho humanitário que realiza em benefício de pessoas vulneráveis.
Segundo Ferrer, a operação policial contra a sua sede se intensificou, ultrapassando as 27 horas de cerco, com agentes da polícia política e da PNR reforçando a vigilância e reprimindo aqueles que tentam colaborar na distribuição de alimentos.
“O cerco dura mais de 24 horas. Assédio, detenções, ameaças e ofertas de ‘ajuda’ a colaboradores e casos vulneráveis”, denunciou em suas redes sociais.
Ferrer informou que na quinta-feira conseguiram alimentar 1.281 pessoas vulneráveis, mas mais de 40 colaboradores e beneficiários da ajuda foram detidos e assediados.
Entre os detidos, encontram-se os irmãos conhecidos como “Caguairán”, que forneciam lenha para a cozinha social, e cujo paradeiro continua desconhecido.
Apesar dos cortes de eletricidade e da vigilância constante, a equipe da UNPACU continuou a preparar alimentos e a fornecer atendimento médico básico.
A doutora Nelva Ismarays Ortega, esposa de Ferrer, tem atendido dezenas de pacientes diariamente, refletindo a grave crise sanitária e social que afeta os mais necessitados em Cuba.
Ferrer responsabilizou o regime cubano por impor um “bloqueio real e cruel” contra seu trabalho humanitário. “Ontem alimentamos 1.281 pessoas e 48 receberam atendimento médico básico. Cerco, detenções e ameaças”, destacou, denunciando a perseguição contra aqueles que tentam mitigar a fome em Santiago de Cuba.
O governo dos Estados Unidos expressou seu repúdio ao assédio policial contra Ferrer e as pessoas que recebem ajuda da UNPACU. Através do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Washington condenou a repressão e exigiu que o regime cubano protegesse seus cidadãos em vez de reprimí-los.
Nas redes sociais, numerosos cidadãos cubanos manifestaram seu apoio a Ferrer e seu trabalho humanitário: “Abaixo a ditadura castrista. Viva Cuba livre! Pátria e Vida!”; “José Daniel para presidente.”; “Nos livros de história ficará a bela página da UNPACU e seu trabalho.”; “Parabéns por esse empenho em ajudar os mais necessitados.”, foram alguns dos comentários.
A comunidade internacional continua atenta à situação de Ferrer e sua equipe, enquanto o cerco policial persiste em impedir o acesso a alimentos e assistência aos mais vulneráveis de Santiago de Cuba.
Perguntas frequentes sobre a situação de José Daniel Ferrer e a repressão em Cuba
Qual é o motivo do cerco policial a José Daniel Ferrer?
O cerco policial a José Daniel Ferrer busca impedir a atividade humanitária que realiza através da União Patriótica de Cuba (UNPACU) em Santiago de Cuba, onde distribuem alimentos e oferecem atendimento médico básico a pessoas vulneráveis. Ferrer denunciou que o regime cubano tenta frear essas atividades por meio de assédio, detenções e ameaças.
Como a repressão afetou os colaboradores de José Daniel Ferrer?
A repressão resultou em detenções e assédio a mais de 40 colaboradores e beneficiários da ajuda de Ferrer. Alguns, como os irmãos "Caguairán", foram presos e permanecem sem paradeiro conhecido. Esses atos buscam desarticular a rede de apoio que possibilita a distribuição de alimentos aos mais necessitados em Santiago de Cuba.
Qual é a postura que o governo dos Estados Unidos adotou em relação à situação de Ferrer?
O governo dos Estados Unidos expressou seu repúdio à hostilização policial contra Ferrer e as pessoas que recebem ajuda da UNPACU. Ele instou ao regime cubano a proteger seus cidadãos em vez de reprimi-los, condenando a repressão e apoiando o trabalho humanitário de Ferrer.
Como a população cubana e a comunidade internacional têm respondido às denúncias de Ferrer?
A população cubana tem demonstrado apoio a Ferrer por meio das redes sociais, com mensagens de solidariedade e reconhecimento ao seu trabalho humanitário. A comunidade internacional, incluindo o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, continua atenta à situação, condenando as ações repressivas do regime cubano.
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