Cubano é acusado de assassinato por incêndio intencional que deixou dois mortos em Miami-Dade

O cubano enfrenta múltiplas acusações.


Um cubano de 61 anos, identificado como Jorge Marín Calderín, foi preso agora pelas autoridades do condado de Miami-Dade após ser acusado de provocar um incêndio que deixou duas vítimas mortais em setembro de 2024.

Marín Calderín enfrenta múltiplas acusações: duas por homicídio em segundo grau, duas por tentativa de homicídio qualificado e uma por incêndio intencional em primeiro grau.

O trágico acontecimento ocorreu na madrugada de 27 de setembro de 2024, quando, por volta das 3 da manhã, agentes da Oficina do Xerife de Miami-Dade e equipes de resgate dos bombeiros responderam a um incêndio em uma casa localizada no 1918 da rua 53 do noroeste, em Brownsville, uma área não incorporada de Miami-Dade.

Dentro da residência, os bombeiros encontraram Amaury Aguilera Ramos, de 29 anos, e Bárbara Tamayo Guerrero (58), inconscientes e em quartos separados.

Ambos foram transferidos com urgência para o Centro de Trauma Ryder do Hospital Jackson Memorial em estado crítico, mas faleceram mais tarde devido à gravidade dos ferimentos.

Uma autópsia determinou que ambas as vítimas morreram por "lesões térmicas e a inalação de produtos de combustão", e classificou suas mortes como homicídio, de acordo com a ordem de prisão de Marín Calderín.

Em setembro, pouco depois do incêndio, Marín Calderín deu uma entrevista exclusiva ao Local 10 News, onde mostrou os danos da casa.

Então, as autoridades ainda não haviam apresentado acusações contra ele. Agora, meses depois, os achados forenses e a investigação dos bombeiros acabaram por apontá-lo como o suposto responsável pelo incêndio fatal.

A versão de Marín Calderín e as primeiras dúvidas

No primeiro momento, Marín Calderín, que também residia na casa com outras duas pessoas que conseguiram escapar ilesas, declarou aos investigadores que estava dormindo quando o alarme do detector de fumaça o acordou.

Afirmou que, ao abrir a porta de seu quarto, encontrou "dois colchões no corredor, obstruindo parcialmente sua porta", e que ao tentar passar entre eles sua roupa pegou fogo, causando queimaduras em suas costas, glúteos e mãos.

No entanto, de acordo com a ordem judicial, "não foi encontrada evidência de colchões em chamas no corredor". A isso somam-se outras circunstâncias do incêndio que chamaram a atenção dos investigadores.

"Marín Calderín foi o único ocupante que saiu da casa completamente vestido, com chaves, telefone, carteira e artefatos religiosos na mão", especifica a ordem.

Conclusão dos investigadores: Incêndio intencional

Os investigadores de incêndios provocados determinaram que o fogo foi "incendiário" e que tinha "múltiplos pontos de origem acesos intencionalmente".

Além disso, descobriu-se que "um acelerante foi derramado sobre as portas e os batentes dos cômodos, exceto a porta do quarto (de Marín Calderín)".

Um dos elementos chave na acusação foi a roupa do cubano.

"O suéter de Marín Calderín que pegou fogo durante o incêndio, depois testou positivo para vestígios de gasolina", revelaram as autoridades.

A ordem judicial também aponta que "um vestígio positivo de um acelerante na roupa é consistente com o fato de que foi vertido ou respingado", e destaca que é pouco provável que a gasolina tenha sido transferida apenas pelo contato com as chamas.

Por outro lado, foi informado que as roupas das duas vítimas falecidas deram negativo nos testes de vestígios de um acelerante.

Até o momento, as autoridades não revelaram qual poderia ser o motivo por trás do suposto incêndio intencional. Além disso, os detetives apontaram que "o vídeo de vigilância mostrou que o fogo começou rapidamente e que ninguém se aproximou ou entrou na casa nos momentos anteriores ao incêndio".

Marín Calderín foi preso nesta segunda-feira e, após comparecer ao tribunal, foi designado um defensor público e foi ordenada sua detenção sem direito a fiança no Centro Correcional Turner Guilford Knight.

Perguntas frequentes sobre o caso do incêndio intencional em Miami-Dade

Quem é o acusado do incêndio intencional em Miami-Dade?

O acusado do incêndio intencional em Miami-Dade é Jorge Marín Calderín, um cubano de 61 anos, que enfrenta múltiplas acusações, incluindo duas por homicídio de segundo grau, duas por tentativa de homicídio qualificado e uma por incêndio intencional de primeiro grau.

Como ocorreu o incêndio que deixou duas mortes em Miami-Dade?

O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de setembro de 2024, em uma casa localizada em Brownsville, Miami-Dade. As vítimas, Amaury Aguilera Ramos e Bárbara Tamayo Guerrero, foram encontradas inconscientes em quartos separados e faleceram posteriormente devido às lesões térmicas e à inalação de produtos da combustão.

Quais provas incriminam Jorge Marín Calderín no caso do incêndio?

As provas que incriminam Jorge Marín Calderín incluem a detecção de vestígios de gasolina em seu suéter queimado durante o incêndio e a ausência de colchões em chamas no corredor, contradizendo sua declaração inicial. Além disso, os investigadores determinaram que o fogo foi criminoso, com múltiplos pontos de origem acesos intencionalmente.

Qual é o estado atual do acusado Jorge Marín Calderín?

Atualmente, Jorge Marín Calderín foi preso e compareceu ao tribunal, onde lhe foi designado um defensor público. Foi ordenada sua detenção sem direito a fiança no Centro Correcional Turner Guilford Knight.

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