Novas revelações surgiram em torno da prisão de Tomás Emilio Hernández Cruz, ex-oficial da Direção Geral de Inteligência (DGI) de Cuba, detido recentemente na Flórida pelas autoridades de imigração.
Hernández Cruz, que obteve a residência americana de forma fraudulenta ao não revelar seu passado como espião e membro do Partido Comunista de Cuba, encontra-se atualmente sob custódia no Centro de Detenção de Krome, enfrentando um processo de deportação.
Enrique García, exoficial de inteligência cubana que desertou há mais de três décadas, declarou ter conhecido Hernández Cruz durante seu treinamento em uma academia de espionagem da KGB em Moscovo.
Según García, quien conversou com Juan Manuel Cao no programa “A Fondo” de América TeVé, ambos fizeram parte de um grupo de 28 oficiais que receberam treinamento especializado na União Soviética, onde Hernández Cruz operava sob o pseudônimo de René Cruz, aprendendo técnicas avançadas de espionagem e manipulação de informações.
García destacou que a DGI tem estado envolvida em operações de espionagem que representam uma ameaça para a segurança nacional americana, mencionando casos emblemáticos como os de Ana Belén Montes, ex-analista do Pentágono condenada por espionagem em favor de Cuba, e Víctor Manuel Rocha, ex-diplomático americano preso em dezembro de 2023 por trabalhar encobertamente para o regime cubano.
UN ALTO NIVEL DE ACCESO EN LA INTELIGENCIA CUBANA
Hernández Cruz trabalhou no Departamento dos Estados Unidos e Canadá, uma das áreas mais estratégicas dentro da inteligência cubana.
Segundo García, este departamento lidava com informações tão delicadas que os relatórios em Havana eram entregues diretamente a Fidel Castro, sem passar pelo ministro do Interior.
Este detalhe sugere que Hernández Cruz teve acesso a informações de alto valor sobre operações de espionagem e possíveis agentes infiltrados em instituições chave dos Estados Unidos.
A trajetória do detido na inteligência cubana começou por volta de 1978, quando foi recrutado diretamente por Orlando Prendes, então segundo chefe da inteligência cubana e líder do Departamento dos Estados Unidos e Canadá.
Antes de ingressar aos serviços secretos, Hernández Cruz trabalhou como diretor de uma escola secundária no campo, onde iniciou contatos com o filho de Prendes, o que facilitou sua entrada na DGI.
UM ESPIÃO RETIRADO OU UMA AMEAÇA ATIVA?
O arresto de Hernández Cruz gerou especulações sobre seu verdadeiro propósito nos Estados Unidos. Enquanto alguns acreditam que ele veio para "desfrutar de sua aposentadoria" no país, outros temem que ele tenha continuado a colaborar secretamente com a inteligência cubana.
García destacou que as informações que possuía continuam sendo valiosas para a comunidade de inteligência americana, pois poderiam revelar a identidade de agentes recrutados no passado e suas conexões com redes de espionagem ainda operacionais.
Outro aspecto chave é a falta de imagens ou vídeos de sua detenção, o que levou a especular que as autoridades poderiam estar interrogando-o antes de tornar mais pública a informação.
Isso sugere que o FBI busca avaliar o alcance de seus conhecimentos e determinar se ainda representa uma ameaça para a segurança nacional.
PREOCUPAÇÃO NA COMUNIDADE CUBANO-AMERICANA
O caso despertou preocupação entre os exilados cubanos, que denunciam a presença de espiões do regime nos Estados Unidos. Analistas alertam que podem existir outros exoficiais da inteligência cubana vivendo no país sem ter revelado seu passado, o que representa um risco latente.
O arresto de Hernández Cruz também pode indicar uma mudança na postura do governo dos EUA em relação à presença de espiões cubanos em seu território, reforçando os controles sobre ex-membros do aparelho de segurança da ilha.
Enquanto isso, Hernández Cruz permanece sob custódia no Centro de Detenção de Krome, aguardando os procedimentos judiciais que definirão seu futuro.
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