Em pleno apagão massivo, funcionária do Principado de Astúrias se reúne com emigrantes em Havana

Nos últimos anos, o governo asturiano implementou diversas iniciativas para apoiar seus emigrantes e descendentes em Cuba.

Olaya Romano (vestida de branco)Foto © Facebook/Faac Asturiana

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Durante o apagão geral que afeta toda Cuba desde a noite da última sexta-feira, 14 de março, a diretora-geral de Emigração do Principado de Asturias, Olaya Romano, realizou uma série de encontros com emigrantes e descendentes de asturianos em Havana.

A despeito das dificuldades impostas pela falta de eletricidade, Romano reuniu-se com a diretoria da Federação de Associações Asturianas em Cuba (FAAC), reafirmando o compromisso do governo asturiano com sua comunidade na ilha.

Captura do Facebook/Faac Asturiana

De acordo com informações compartilhadas pela FAAC, a delegação asturiana, que além disso inclui assistentes sociais do Governo do Princípio de Astúrias, teve um intercâmbio com emigrantes e descendentes de asturianos para explicar “as políticas de retorno, oferecendo orientações para facilitar sua execução”.

O apagão, que começou por volta das 20h15 da sexta-feira devido a uma falha em uma subestação em Havana, deixou grande parte do país sem eletricidade, incluindo Havana.

Este incidente é o quarto de tal magnitude nos últimos seis meses, refletindo a profunda crise energética que atravessa a nação caribenha.

A relação entre Astúrias e Cuba remonta a vários séculos, com uma significativa onda migratória na segunda metade do século XIX, quando cerca de 80.000 asturianos emigraram para a ilha.​

Nos últimos anos, o governo asturiano implementou diversas iniciativas para apoiar seus emigrantes e descendentes em Cuba.

Em 2024, foi lançada uma convocatória de ajudas econômicas destinada a asturianos e seus descendentes residentes em países da América Latina, incluindo Cuba.

Estas subsídios estão destinados a pessoas com mais de 65 anos que se encontram em situações de necessidade ou não possuem rendimentos suficientes.

Além disso, adultos com idades entre 18 e 64 anos que tenham sido vítimas de violência de gênero, sofram de uma invalidez permanente ou de uma doença grave também podem solicitar essas ajudas.

Assim, foi implementado o programa de bolsas "Estudar em Astúrias", que oferece até 15.000 euros para cobrir parcialmente os custos dos estudos de mestrado na Universidade de Oviedo.

Este programa está dirigido a descendentes de emigrantes asturianos até o segundo grau de consanguinidade, residentes em países da América Latina, como Cuba.

Durante sua visita, Romano apresentou em Cuba os planos de retorno do governo asturiano, que buscam facilitar o retorno dos emigrantes e suas famílias ao Principado, oferecendo apoio econômico e orientação integral para sua reintegração.

Captura de Facebook/Faac Asturiana

Y lo fez em um contexto onde a situação energética em Cuba continua crítica, com esforços em andamento para restabelecer o fornecimento de energia nas áreas afetadas. Enquanto isso, a comunidade asturiana na ilha agradece a presença e o apoio das autoridades do Principado nesses momentos difíceis.​

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba e o apoio de Astúrias

Qual é a causa do apagão massivo em Cuba?

O apagão massivo em Cuba deveu-se a uma falha em uma subestação em Havana, o que provocou a desconexão do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN). Este incidente deixou grande parte do país sem eletricidade e é o quarto de tal magnitude nos últimos seis meses, refletindo a grave crise energética que a ilha enfrenta.

Que ações está tomando o Principado de Astúrias para apoiar os emigrantes asturianos em Cuba?

O Principado de Astúrias está implementando diversas iniciativas para apoiar os emigrantes asturianos em Cuba. Estas incluem ajudas econômicas para pessoas com mais de 65 anos e para adultos entre 18 e 64 anos em situações de necessidade. Também lançaram o programa de bolsas "Estudar em Astúrias" e planos de retorno para facilitar o regresso dos emigrantes e suas famílias a Astúrias.

Como a crise energética afeta as atividades diárias em Cuba?

A crise energética em Cuba afetou gravemente as atividades diárias. Tem levado ao fechamento de aeroportos, suspensão de aulas, interrupção de serviços essenciais e dificuldades na vida cotidiana, como cozinhar e refrigerar alimentos. A falta de eletricidade também gerou caos no transporte e na economia local.

Que tipo de apoio Cuba recebeu de outros países para enfrentar a crise energética?

Cuba recebeu apoio da China na forma de peças, acessórios e equipamentos tecnológicos para ajudar na recuperação da geração elétrica distribuída. Esses recursos visam mitigar a crise energética que afeta o país, embora se reconheça que são necessárias soluções estruturais a longo prazo para resolver os problemas do sistema elétrico.

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