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A Empresa Elétrica de Havana informou neste domingo que, embora todos os municípios da capital já tenham serviço elétrico, este ainda não foi restabelecido por completo.
Até o momento, apenas 30,5% da demanda elétrica da cidade foi atendida, com 57 circuitos conectados que somam 117,53 MW, conforme especificou a empresa estatal em suas redes sociais.
Segundo a Empresa Elétrica da capital, suas brigadas trabalham sem interrupção para recuperar o fornecimento no restante da cidade. A entidade pediu à população que se mantenha informada através de seus canais oficiais no X, Telegram e Facebook, além do Centro de Atendimento Telefônico (18 888), que opera 24 horas por dia.
O apagão massivo que afetou Havana e o restante do país ocorreu na noite de sexta-feira, por volta das 20h15, devido a uma falha em uma subestação nos subúrbios da capital. Este incidente deixou sem eletricidade aproximadamente 10 milhões de pessoas, representando o quarto apagão nacional em seis meses.
A infraestrutura elétrica de Cuba, composta por usinas termelétricas envelhecidas e uma rede de distribuição obsoleta, tem sido alvo de críticas devido à falta de investimento e manutenção. Além disso, a escassez de combustível e as sanções econômicas têm agravado a crise energética na ilha.
A falta de eletricidade tem afetado gravemente a vida cotidiana dos cubanos. A refrigeração de alimentos foi comprometida, agravando a crise alimentar existente. Serviços básicos como o abastecimento de água e as telecomunicações também foram interrompidos, aumentando a frustração entre a população.
En Havana, a situação tem sido especialmente crítica. A escuridão total gerou problemas de segurança, e foram relatados incidentes como o desabamento de um edifício residencial na Calçada de 10 de Outubro e Santa Irene, que deixou várias pessoas presas entre os escombros. Os gritos de socorro dos afetados ecoaram na penumbra, evidenciando a gravidade da situação.
Embora as autoridades tenham anunciado a recuperação do SEN de Havana até Guantánamo, a verdade é que milhões de usuários recebem serviço por meio das ilhas ou "microssistemas elétricos" criados para acelerar o processo de recuperação.
A crise energética em Cuba levou especialistas a destacar a necessidade de uma transformação significativa no setor elétrico, que inclua investimentos em infraestrutura e uma revisão do modelo econômico atual.
Enquanto isso, a população continua enfrentando desafios diários devido à instabilidade do fornecimento de energia elétrica, aguardando soluções sustentáveis que garantam um serviço confiável no futuro.
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