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A termoelétrica Antonio Maceo (Renté), de Santiago de Cuba, saiu de operação neste sábado após a queda do microsistema elétrico criado para gerar um pouco de energia, após o país entrar em um apagão geral na noite de sexta-feira.
Lester Salvador Cedeño, diretor do despacho de carga da Empresa Elétrica na província, revelou que às 11h28 se acionou o microsistema que haviam formado, no qual estava a unidade 3 de Renté em linha.
"Uma vez ocorrido o disparo, nos dedicamos a começar do zero e criar novamente um microsistema. Neste momento, já estamos em Renté, prestamos serviço de planta e começamos a restabelecer novamente o sistema que tínhamos criado", detalhou em Facebook.
Poucas horas antes, a primeira secretária do Partido, Beatriz Johnson, havia anunciado a entrada em operação do bloco 3 da central, gerando 42 MW e com a esperança de alcançar os 60 MW em poucas horas.
Johnson destacou que a estabilidade do microsistema depende em grande medida do consumo e pediu à população que faça um uso racional da eletricidade quando receber o serviço.
No entanto, pouco mais de uma hora e meia após essa publicação, a empresa anunciava a queda do microsistema.
Os especialistas afirmam que o microsistema isolado é muito vulnerável e qualquer evento, por menor que seja (aumento da demanda, curto-circuito na rede, etc.), pode fazê-lo colapsar, e então é preciso começar tudo de novo.
O certo é que a província de Santiago está novamente completamente sem serviço elétrico, com exceção de quatro circuitos (setorizados) e da linha 5335 para fornecer serviço de bombeamento da termoelétrica Renté.
O diretor-geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas, Lázaro Guerra Hernández, havia explicado que o microsistema de Santiago de Cuba alimentaria Renté para a sincronização de sua unidade 3, que estava em processo de arranque na manhã deste sábado.
No Oriente, o microsistema de Camagüey também estava pronto para fornecer energia à termoelétrica Nuevitas, que estava em processo de arranque.
Em relação ao microsistema ocidental, o maior do país, destacou que estava aguardando o início da operação da planta Energás Boca de Jaruco, o que permitirá levar energia a várias subestações de Havana, às termelétricas de Mariel e Santa Cruz, bem como aos petroleiros.
Até que essas unidades não entrem em funcionamento, não será possível começar a distribuir a energia pelos diferentes circuitos.
Perguntas frequentes sobre a crise elétrica em Santiago de Cuba
Por que colapsou o microsistema elétrico em Santiago de Cuba?
O microsistema elétrico em Santiago de Cuba colapsou devido à sua vulnerabilidade a eventos mínimos, como o aumento da demanda ou um curto-circuito na rede. Este tipo de sistemas isolados é muito suscetível a falhas, o que, neste caso, provocou a interrupção do funcionamento da termoelétrica Antonio Maceo (Renté).
Qual é o impacto da queda do microsistema na população de Santiago de Cuba?
A queda do microsistema deixou Santiago de Cuba completamente sem serviço elétrico, afetando gravemente a vida diária de seus habitantes. Além disso, apenas alguns circuitos seccionais e a linha de serviço de bombeamento da termoelétrica Renté permanecem com eletricidade, o que limita ainda mais as atividades cotidianas da população.
Quais medidas estão sendo tomadas para restabelecer o serviço de eletricidade em Santiago de Cuba?
Está sendo desenvolvido um microsistema para reestabelecer o serviço de eletricidade, começando pela termoelétrica Renté. No entanto, a estabilidade desse sistema depende de um uso racional da eletricidade pela população e de que não ocorram demandas abruptas que o sistema não consiga suportar.
Como a atual crise elétrica afeta outras regiões de Cuba?
A crise elétrica afeta toda a ilha, com apagões prolongados e um déficit significativo na geração de eletricidade. Em Havana, por exemplo, alguns circuitos foram gradualmente restabelecidos, mas o sistema continua instável. Em outras províncias, como Holguín e Guantánamo, as interrupções de eletricidade podem durar até 18 horas diárias.
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