Menos de dois por cento dos clientes em Havana têm eletricidade

A crise elétrica em Cuba se agrava enquanto se implementam soluções temporárias para restabelecer o serviço.

Transformador de potência na Subestação Príncipe, em Ayestarán, Centro HavanaFoto © Empresa Eléctrica de Havana

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A Empresa Elétrica de Havana informou neste sábado que apenas 1,5% dos clientes na capital possuem serviço elétrico após o colapso do Sistema Elétrico Nacional (SEN) ocorrido na noite de sexta-feira.

Pequenas áreas do Centro Habana, Cerro e San Miguel del Padrón foram reconectadas por meio de um microsistema no oeste da cidade, embora sua expansão continue a ser um processo complexo e lento, conforme indicado em um comunicado da entidade no Facebook.

De acordo com o relatório oficial, este microsistema contribui com 6,3 MW de demanda, um número mínimo em comparação com as necessidades da capital de Cuba, mas que representa um primeiro passo na restauração do serviço.

Publicação no Facebook

A Empresa Elétrica informou que está trabalhando continuamente na recuperação e que as atualizações podem ser acompanhadas por meio de suas redes sociais e do número de atendimento ao cliente 18888.

O apagão massivo de sexta-feira ocorreu devido a uma falha na subestação do Diezmero, em Havana, o que gerou uma desconexão total do SEN na ilha, afetando especialmente a região ocidental.

As autoridades do Ministério da Energia e Minas informaram que a falha esteve relacionada a uma alta oscilação do sistema, embora as causas exatas ainda estejam sendo investigadas.

Residentes de Havana, Guantánamo, Matanzas, Villa Clara, Camagüey, Holguín e Las Tunas relataram a interrupção total do serviço elétrico, enquanto alguns testemunhas descreveram flutuações de voltagem e luzes piscando antes do colapso.

Um trabalhador da Empresa Eléctrica de Holguín explicou que o processo de restauração envolve a criação de "ilhas energéticas", conectando primeiro as termoelétricas antes de sincronizar com o restante do sistema.

Este é o terceiro colapso do SEN desde outubro de 2024, refletindo a fragilidade do sistema elétrico em Cuba. O último apagão geral ocorreu em dezembro, quando uma falha na termoelétrica Antonio Guiteras provocou uma interrupção nacional.

Para esta sexta-feira, a União Elétrica de Cuba (UNE) estimava uma recuperação parcial de 160 MW, incluindo a reativação da unidade 6 da CTE Rente.

No entanto, a capacidade total do sistema continua sendo insuficiente, com 1.940 MW disponíveis diante de uma demanda máxima de 3.250 MW, o que mantém um déficit de 1.310 MW e afeta gravemente os cidadãos e o setor econômico.

As autoridades garantem que os esforços para estabilizar o sistema continuam, mas a crise energética na ilha continua se aprofundando e afetando a vida cotidiana de milhões de cubanos diante da ineficiência do regime, que não apresenta soluções duradouras.

Perguntas frequentes sobre os apagões e a crise energética em Cuba

Qual é a situação atual do serviço de eletricidade em Havana?

Atualmente, apenas 1,5% dos clientes em Havana têm acesso à energia elétrica devido a um colapso do Sistema Elétrico Nacional (SEN). Esse colapso deixou a maioria da capital cubana sem eletricidade, e as autoridades estão trabalhando na recuperação do serviço por meio de microsistemas.

O que causou o recente apagão em massa em Cuba?

O recente apagão em massa foi causado por uma falha na subestação do Diezmero em Havana, o que provocou uma desconexão total do SEN. A desconexão afetou gravemente a região ocidental de Cuba, e a falha está relacionada a uma alta oscilação do sistema, embora as causas exatas ainda estejam sendo investigadas.

Como as autoridades cubanas estão tentando recuperar o serviço elétrico?

As autoridades estão utilizando "microssistemas" para restabelecer o serviço elétrico em áreas específicas e centros vitais. Esses microssistemas permitem uma recuperação gradual do serviço enquanto se trabalha na sincronização das termelétricas com o restante do sistema.

Por que a crise energética em Cuba se agravou nos últimos meses?

A crise energética em Cuba se agravou devido à falta de manutenção e modernização do sistema elétrico, falhas frequentes nas termelétricas e escassez de combustível. Além disso, a infraestrutura elétrica obsoleta e a subfinanciação crônica do setor elétrico estatal contribuíram para a situação crítica atual.

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